Likud registra queixa na polícia contra advogado que chamou Netanyahu de 'espião iraniano'

Benjamin Netanyahu | Reuters

Partido governista acusa ex-candidato à Suprema Corte de incitação e exige ação das autoridades

Na noite desta terça-feira, o partido Likud divulgou que seus líderes optaram por registrar uma queixa junto à polícia contra o advogado Ofer Bartel. Isso ocorreu devido à sua declaração em que se referiu ao Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu como um "espião iraniano".

"Exigimos que o Ministério Público e as agências de aplicação da lei tomem medidas decisivas contra a incitação que está ocorrendo na mídia contra o primeiro-ministro Netanyahu e os membros da coalizão", disse o partido.

"Exigimos que o Ministério Público e as agências de aplicação da lei adotem medidas decisivas diante da incitação que está se propagando na mídia contra o Primeiro-Ministro Netanyahu e os membros da coalizão", afirmou o partido.

Bartel, um ex-candidato à Suprema Corte, criticou à recusa do primeiro-ministro em se comprometer com as decisões da Suprema Corte que anulam as Leis Básicas, durante uma entrevista ao Canal 12 na noite de segunda-feira. Ele declarou: "Permita-me ser direto, creio que Bibi é um agente iraniano. Se algo está prejudicando a segurança, a economia, a sociedade e todos os outros aspectos fundamentais do país, é o primeiro-ministro. O dano causado é consideravelmente maior do que se foguetes iranianos estivessem caindo aqui."

Hoje, Bartel esclareceu seus comentários à Rádio 103 FM.

"Todos entenderam que eu realmente não acho que Netanyahu seja um espião iraniano. Eu estava apenas omitindo uma pequena palavra – 'como'. Trata-se de uma pessoa que, de certa forma, está nos causando danos. Não há área do país que não tenha sido prejudicada nos últimos meses devido ao governo atual. Cerca de uma hora após o incidente, escrevi que a escolha das palavras foi muito infeliz e pretendi usá-la apenas como uma metáfora, nada mais", explicou.

"Presumi que todos entenderam isso, mas é conveniente me agarrar a essas duas palavras. Concordo que disse palavras que não deveria ter dito. É evidente para todos nós que, ao longo destes meses, danos incalculáveis foram infligidos à segurança e à economia do país, à integridade do regime e à sociedade; diariamente surge algum projeto de lei populista absurdo. Continuarei disponível para o serviço militar na reserva, desde que as forças armadas desejem meu envolvimento", complementou Bartel.

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