Netanyahu pede unidade na véspera do Ano Novo judaico

Na quarta-feira (13), o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu pediu unidade entre os israelenses, na véspera do Rosh Hashaná, destacando a importância da nação se unir para enfrentar as ameaças do Irã e aproveitar as novas oportunidades que surgem, como a possibilidade de paz com a Arábia Saudita

"Durante um evento festivo em seu escritório, Netanyahu disse esperar "que no novo ano haja maior unidade na nação e menos divisões entre os israelenses. Ele enfatizou a importância de todos compreenderem que são um povo, uma nação, um exército, compartilhando um passado comum e olhando para um futuro em comum". Essas palavras foram relatadas pelo Times of Israel.

As declarações de Netanyahu surgem em um momento marcado pela crise desencadeada pela reforma judicial de seu governo. Essa reforma provocou oito meses de manifestações em massa, gerou preocupações entre reservistas que servem nas Forças de Defesa de Israel (IDF) e levantou temores em relação aos possíveis impactos na democracia, segurança e economia do país.

"Em uma democracia, sempre existem opiniões diferentes, essa é a natureza da democracia", disse.

"Mas se aceitarmos, então poderemos chegar a acordos", disse, insinuando sua suposta vontade de chegar a um acordo com deputados da oposição para suavizar a legislação. "Essa é nossa meta e acredito que é possível", afirmou.

Netanyahu disse que a unidade é necessária para enfrentar os desafios de segurança do país e aproveitar as oportunidades futuras.

"Irã e seus representantes cancerígenos estão liderando um esforço para aprofundar o terror", disse Netanyahu.

Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu faz um discurso no Gabinete do Primeiro-Ministro em 13 de setembro de 2023 | Haim Zach/GPO

Também afirmou que "Israel está diante da perspectiva de paz com a Arábia Saudita que mudará Israel, o Oriente Médio e possivelmente o mundo inteiro".

Os Estados Unidos têm estado envolvidos em negociações para um acordo de normalização entre Israel e a Arábia Saudita, mas as chances de alcançar esse acordo, que exigirá importantes concessões aos palestinos, são escassas enquanto Netanyahu depender de aliados extremistas.

Os Estados Unidos abordaram os líderes da oposição, Yair Lapid e Benny Gantz, sobre a disposição de se juntarem a um governo liderado por Netanyahu para ajudar a impulsionar um acordo com Riad; no entanto, até o momento, eles recusaram, segundo relatos.

Netanyahu também mencionou os planos recentemente assinados para construir um corredor ferroviário e marítimo que ligará a Índia ao Oriente Médio e à Europa, no qual Israel participará.

Ele afirmou que esse acordo, juntamente com um acordo com a Arábia Saudita, "transformará a região em um gigantesco corredor de infraestrutura vital".

"Israel está se tornando um ponto de partida para o mundo. É uma mudança enorme. Todos vocês sentirão isso", concluiu.

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