Vento solar fura campo magnético da Terra e causa raras auroras vermelhas

Rara exibição de aurora vermelha fotografada na Escócia | Crédito da foto: Chris Walker via Spaceweather.com

Uma tempestade geomagnética provocada por um jato de plasma disparado pelo Sol no fim de semana gerou auroras vermelhas raras nos céus

Perturbações excepcionalmente poderosas no campo magnético da Terra produziram algumas auroras vermelhas esta semana em diversos países da Europa e América do Norte. Normalmente, as famosas luzes do norte são compostas por tons predominantemente verdes, o que torna essas recentes exibições extremamente raras.

O fenômeno foi provocado por um jato de plasma solar, também chamado de ejeção de massa coronal (CME), que atingiu a Terra no último domingo (24), abrindo um buraco no campo magnético do planeta. Como consequência, partículas altamente carregadas penetraram na atmosfera, desencadeando uma tempestade geomagnética da classe G2 (grau médio).


Como as auroras vermelhas são formadas

De acordo com o site Spaceweather.com, à medida que essas partículas solares são canalizadas em direção aos polos, elas interagem e excitam átomos e moléculas de gás na atmosfera, liberando fótons que dão origem aos espetaculares shows de luzes no céu.

Embora pareça ameaçador, é completamente normal que partículas solares carregadas formem fissuras na magnetosfera da Terra. Essas perfurações geralmente são de curta duração e não representam qualquer risco para os habitantes do planeta.


Geralmente, os ventos solares atingem uma altitude entre 100 e 300 km, onde há uma alta concentração de átomos de oxigênio com os quais as partículas carregadas reagem. Quando isso ocorre, a luz verde é emitida, e é por isso que essa cor tende a ser predominante nas auroras.


Ocorre que, desta vez, as partículas carregadas atingiram uma altura entre 300 e 400 km, onde o oxigênio é muito menos concentrado e requer uma quantidade maior de energia para se excitar. Como resultado, são formados flashes brilhantes de luz vermelha.

Esse tipo de aurora é bem fraco e só pode ser observado se os átomos de oxigênio permanecem inalterados por tempo suficiente para disparar fótons vermelhos. O olho humano também é consideravelmente menos sensível à luz vermelha do que à verde, que é mais uma razão pela qual as observações de auroras cor de rubi são tão raras. 

Geralmente, as auroras se formam nas latitudes mais altas do globo, como Islândia, Noruega, Finlândia e Groenlândia. No entanto, desta vez, observadores posicionados até no sul da França puderam testemunhar essas estonteantes luzes vermelhas.

Podemos esperar mais eventos climáticos espaciais extremos, como esta recente tempestade geomagnética, à medida que o Sol se aproxima do pico de seu ciclo de atividade de 11 anos, previsto para ocorrer em 2025.

*Com informações do Olhar Digital

Postar um comentário

0 Comentários