Erdogan corta relações com o Primeiro-Ministro de Israel

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que estava "descartando" o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu | © Yasin Akgul/AFP

Presidente da Turquia diz que Benjamin Netanyahu deixou de ser uma pessoa com quem se possa conversar

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou neste sábado (4) que cortará relações com o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu governo chamou de volta seu embaixador em protesto contra a ofensiva realizada na Faixa de Gaza contra o Hamas.

"Netanyahu não é mais alguém com quem possamos conversar. Nós conversávamos", disse Erdogan, citado pela mídia turca.

Pouco depois, a Turquia anunciou que chamou de volta seu embaixador em Israel, Sakir Ozkan Torunlar, diante da "atual tragédia humanitária em Gaza causada pelos contínuos ataques de Israel contra civis e a recusa de Israel em aceitar um cessar-fogo", informou o Ministério das Relações Exteriores turco.

O anúncio ocorre às vésperas de uma viagem do chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, à Turquia. O secretário de Estado chega a Ancara neste domingo para uma visita de dois dias.

Em 25 de outubro, o presidente turco, que se reuniu pela primeira vez com Netanyahu em setembro em Nova York, afirmou que havia suspendido seus planos de viajar para Israel.

"Não há nenhum outro Estado cujo exército se comporta com tanta desumanidade", declarou, referindo-se à ofensiva de Israel em retaliação ao ataque do grupo terrorista palestino Hamas em seu território em 7 de outubro, que deixou 1.400 mortos, segundo autoridades israelenses.

De acordo com o Hamas, que governa Gaza, a ofensiva de Israel resultou em cerca de 9.480 mortos.

Em resposta às críticas de Erdogan, Israel anunciou em 29 de outubro a retirada de seus diplomatas da Turquia. Porém, o país já havia retirado temporariamente seus enviados em 19 de outubro por precaução.

Erdogan esclareceu neste sábado que a Turquia não está rompendo suas relações diplomáticas com Israel. "Romper completamente os laços não é possível, especialmente na diplomacia internacional", disse.

*Com informações da AFP

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