Porta-voz da Casa Branca afirmou que, por esse motivo, não quer que o conflito se expanda e escale para um confronto regional
Os Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira (3) que não querem que o conflito entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas se torne uma guerra regional e se expanda para o Líbano, alertando o grupo xiita libanês Hezbollah que, se isso acontecer, será "mais sangrenta" do que o conflito de 2006.
As declarações da porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, foram feitas a bordo do avião do presidente Joe Biden enquanto ele voava para o Maine, horas depois de o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, não descartar uma "guerra extensa".
"Os Estados Unidos não estão querendo que ele (o conflito) aumente. Temos sido muito claros", disse Karine, ao destacar que tanto o Hezbollah quanto "outros atores, estatais ou não", não deveriam tentar "tirar vantagem" de um eventual conflito mais amplo.
"Isso tem o potencial de se tornar uma guerra mais sangrenta do que a de Israel e Líbano em 2006", comparou a porta-voz de Biden, insistindo em que os EUA não querem que o conflito se expanda para o Líbano, porque a "devastação" que aquele país e seu povo sofreriam seria "inimaginável".
O líder do Hezbollah quebrou seu longo silêncio nesta sexta-feira para anunciar que, embora não descarte uma "guerra extensa" com Israel, serão os passos do Estado judeu na Faixa de Gaza e no Líbano que determinarão o curso dos atuais confrontos na fronteira.
"Todos nós devemos estar preparados para todas as possibilidades", disse o clérigo em seu primeiro discurso público desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro. O Hezbollah se envolveu em pesados ataques transfronteiriços com Israel através da fronteira libanesa um dia depois.
Karine Jean-Pierre enfatizou que o governo dos EUA foi e continua sendo "claro" em sua oposição a um cessar-fogo, pois isso só beneficiaria o Hamas, segundo argumentou.
De acordo com a porta-voz, o governo americano é a favor de uma pausa para permitir a ajuda humanitária e a libertação de reféns, algo que considera "muito diferente de um cessar-fogo".
De acordo com a porta-voz, o governo americano é a favor de uma pausa para permitir a ajuda humanitária e a libertação de reféns, algo que considera "muito diferente de um cessar-fogo".
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