Fattah 2: Irã revela míssil hipersônico que pode escapar de radares e carregar ogiva nuclear

Fattah 2, à esquerda, é o mais recente míssil hipersônico das Forças Armadas do Irã, em 19 de novembro de 2023 | IRNA/DIVULGAÇÃO

O equipamento pode contornar os sistemas de mísseis antibalísticos mais avançados dos Estados Unidos e de Israel

O governo do Irã revelou, neste domingo (19), o míssil hipersônico Fattah 2, produzido pela Força Aeroespacial do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), divisão de pesquisa da Força Aérea Iraniana.

O míssil foi exibido durante uma exposição realizada na Universidade de Ciência e Tecnologia Aeroespacial de Ashura, na qual foram apresentados os últimos avanços na tecnologia aeroespacial do Irã.

Segundo a Irna (agência de notícias oficial do Irã), o Fattah 2 é um míssil teleguiado de última geração, classificado como arma hipersônica. O Irã é um dos quatro países no mundo capazes de fabricar esse tipo de arma.

O governo iraniano é um dos apoiadores políticos e financeiros do Hamas, grupo terrorista palestino que deflagrou um novo conflito na região em 7 de outubro, quando invadiu Israel e matou 1.200 pessoas, além de sequestrar outras 240, que hoje se encontram mantidas em cativeiro na Faixa de Gaza.

O que é um míssil hipersônico?

Um míssil hipersônico é um tipo de míssil capaz de viajar a velocidades extremamente altas, geralmente definidas como Mach 5 ou mais, o que significa cinco vezes a velocidade do som ou mais rápido. Essa velocidade excepcionalmente alta torna os mísseis hipersônicos muito difíceis de ser detectados e interceptados pelos sistemas de defesa atuais.

Esses mísseis podem ser projetados para transportar ogivas convencionais ou nucleares e ser lançados a partir de aviões, navios, submarinos ou de bases terrestres. A combinação de sua velocidade extremamente alta, capacidade de manobra e trajetórias de voo variáveis ​​os torna uma ameaça significativa em conflitos modernos.

Além de seu uso militar, a tecnologia hipersônica também tem potenciais aplicações civis, como em sistemas de transporte rápido e na exploração espacial. No entanto, o desenvolvimento e o uso desses mísseis também levantam questões de segurança e estabilidade global, dadas as dificuldades em controlar tais armas e se defender delas.

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