Especialista explica a lógica distorcida por trás do sequestro do navio de carga "israelense" que transportava veículos no Mar Vermelho pelos Houthis do Iêmen
A diretora do Programa Irã do Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS) e ex-chefe da Divisão de Investigação do Mossad, Sima Shein, abordou o sequestro de um navio de carga "israelense" no Mar Vermelho durante uma entrevista ao jornal Yediot Ahronot.
"Os iranianos estão muito ativos, de uma maneira que nunca vimos antes, principalmente no âmbito diplomático. O resto é deixado para seus procuradores [proxies]."
A especialista explicou que "os iranianos têm buscado um cessar-fogo [em Gaza] desde o primeiro dia. Desde o momento em que se alcançou um 'feito' extraordinário do ponto de vista do Hamas, eles podem interromper a guerra. Eles estão constantemente tentando alcançar um cessar-fogo por diferentes meios: ataques, captura de um navio, etc. No final das contas, na perspectiva deles, isso resultará em um cessar-fogo. Eles querem salvar o Hamas antes que Israel o extermine."
Os houthis do Iêmen, um grupo xiita antissemita armado e financiado pelo Irã, anunciaram no domingo a captura do navio Galaxy Leader, que transportava veículos, alegando que era uma embarcação "israelense".
Na realidade, o cargueiro é de propriedade de uma empresa britânica, embora seja operado pela transportadora japonesa Nippon Yusen (NYK Line), que informou que sua tripulação era composta no momento do sequestro por 25 marinheiros de origem búlgara, ucraniana, filipina, mexicana e romena.
A embarcação apreendida, que estava a caminho da Índia para a Turquia, navegava com a bandeira das Bahamas e é parcialmente propriedade do magnata israelense Rami Unger.
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