Após a vitória, Milei chegou a afirmar que visitaria ambos os países antes da sua posse, que ocorrerá no domingo (10)
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, conversaram nesta segunda-feira (4), no primeiro contato entre ambos desde a vitória do libertário no segundo turno da eleição presidencial no país sul-americano, em 19 de novembro.
No diálogo, segundo o governo de Israel, o premiê agradeceu pela intenção de Milei de transferir a embaixada argentina no Estado judeu de Tel Aviv para Jerusalém.
"Na conversa amigável entre os dois ocorrida há pouco, o Primeiro-Ministro Netanyahu felicitou o presidente eleito Milei pela sua vitória nas eleições e agradeceu-lhe pelo seu apoio ao Estado de Israel na sua guerra contra a organização terrorista Hamas. O primeiro-ministro disse ao presidente eleito que ele é um verdadeiro amigo do povo judeu", informou o gabinete do primeiro-ministro na rede social X.
"O primeiro-ministro também agradeceu ao presidente eleito pela intenção de transferir a embaixada argentina para Jerusalém e convidou-o a visitar o país", acrescentou. Segundo o jornal Clarín, Milei deve receber um grupo de familiares de reféns argentinos mantidos pelo Hamas que virá de Israel nos próximos dias.
Durante a campanha, o economista libertário disse que não promoveria relações com governos de esquerda e que o foco das relações exteriores do seu governo recairia sobre Estados Unidos e Israel.
Após a vitória, Milei chegou a afirmar que visitaria ambos os países antes da sua posse, que ocorrerá no domingo (10), mas por enquanto foi apenas ao primeiro país, onde visitou em Nova York o túmulo do rabino de origem ucraniana Menachem Mendel Schneerson, para agradecer pelo seu triunfo nas urnas.
Na semana passada, Milei confirmou Rodolfo Carlos Barra como procurador-geral do Tesouro. Barra renunciou ao cargo de ministro da Justiça em 1996, durante o governo de Carlos Menem, quando foi revelado que na juventude ele havia sido membro de uma organização nazista.
"Eu tinha 15 anos, 16, era adolescente, ao adolescente faltam maturidade e conhecimento. Muitos nessa idade adolescente fazem loucuras e eu fiz essa loucura. Outros, em idade mais avançada, foram terroristas", disse Barra em entrevista ao canal LN+.
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