Parlamento russo marca eleições para março e Putin deve continuar no poder até 2030

Apesar de ainda não ter anunciado sua candidatura à reeleição, o atual presidente russo deve permanecer no poder até 2030 | Foto: Sergei Guneyev/EFE

Apesar de transparecer uma concorrência, Putin não deve abandonar seu plano expansionista à frente do Kremlin

A Câmara Alta do Parlamento da Rússia (Duma) confirmou nesta quinta-feira (7) que as próximas eleições presidenciais do país vão acontecer no dia 17 de março. Com a data marcada, o atual mandatário Vladimir Putin, que ainda não anunciou oficialmente sua candidatura à reeleição, deve permanecer no poder até 2030, cumprindo seu quinto mandato à frente do Kremlin.

Após a votação por unanimidade, com 162 votos, a chefe do Conselho da Federação, Valentina Matviyenko, afirmou que "a decisão permite efetivamente o início da campanha eleitoral no país" e, pela primeira vez, os residentes das regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhya e Kherson, anexadas da Ucrânia, vão participar das eleições.

A reeleição de Putin é possível graças a uma série de reformas constitucionais, organizadas pelo próprio líder russo, que controla o sistema político do país, tornando sua continuidade na presidência uma realidade ainda por dois mandatos de seis anos, caso seja eleito, podendo permanecer no poder até 2036.

O principal opositor de Putin, Alexei Navalny, atualmente cumpre uma pena que ultrapassa os 30 anos, e recebeu novas acusações nos últimos dias, o que retira qualquer risco de ameaça ao mandatário.

Além da candidatura provável do atual presidente russo, dois políticos anunciaram planos de concorrer ao cargo: o ex-deputado Boris Nadezhdin, atual vereador na região de Moscou, que em junho afirmou que "a Rússia precisava escolher um substituto para Putin no poder", e Yekaterina Duntsova, jornalista e advogada da região de Tver, que já foi vereadora local e é a favor do fim da guerra contra a Ucrânia.

Apesar de transparecer uma concorrência, o atual mandatário não deve abandonar seu plano expansionista à frente do Kremlin.

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