Catar anuncia acordo entre Israel e Hamas para entrega de medicamentos a civis e reféns em Gaza

Mohammed Bin Abdulrahman Al Thani (no centro), primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Estado do Catar | Foto: EFEEPA/GIAN EHRENZELLER

O acordo é um avanço nas negociações entre Israel e o grupo terrorista Hamas


Um novo acordo entre Israel e o Hamas, mediado pelo Catar e pela França, permitirá a entrega de medicamentos e ajuda humanitária para os civis palestinos e os reféns israelenses que estão sob o controle dos terroristas na Faixa de Gaza, informou o governo catari nesta terça-feira (16).

O acordo é um avanço nas negociações entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que mantém cerca de 130 reféns israelenses sequestrados desde o ataque terrorista de outubro de 2023.

Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Doha, Majed Bin Mohamed al Ansari, os medicamentos sairão do Catar nesta quarta-feira (17), em dois aviões das Forças Armadas do país, e serão levados para a cidade egípcia de Al Arish, de onde serão transferidos para Gaza. A ajuda será destinada às áreas "mais afetadas e vulneráveis do enclave palestino", assim como aos reféns israelenses que precisam de tratamento médico.

O Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia anunciado os progressos nas conversas com o Hamas no último domingo (14), mas sem dar detalhes sobre a operação. O acordo foi alcançado após uma intensa negociação diplomática, que contou com a participação do secretário de Estado americano, Antony Blinken, que visitou o Oriente Médio na semana passada e se reuniu com líderes regionais para discutir medidas para evitar uma escalada da violência e avançar na libertação dos civis.

O grupo terrorista Hamas, por sua vez, flexibilizou seu ultimato de "um cessar-fogo total em Gaza" em troca da soltura dos reféns, algo que Israel só aceitaria de forma temporária, pois prometeu continuar sua luta contra o terrorismo.

O acordo desta terça-feira é o segundo do tipo desde o fim de novembro, quando uma trégua permitiu a libertação de 105 dos 250 reféns sequestrados pelo Hamas.

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