O porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, disse que o edifício onde supostamente os reféns estavam não era um alvo e não foi atacado pelas forças israelenses
Israel disse nesta segunda-feira (15) que está investigando a autenticidade de um vídeo e outras imagens divulgadas pelo grupo terrorista Hamas, que mostram dois reféns israelenses mortos na Faixa de Gaza. O vídeo gerou revolta nas autoridades do Estado judeu, que acusou o Hamas de "fazer um uso brutal de reféns inocentes".
Os reféns mortos, de acordo com o grupo terrorista, seriam Itay Svirsky, de 38 anos, e Yossi Sharabi, de 53 anos, que foram sequestrados em outubro de 2023, durante os ataques do Hamas em Israel, que deixaram 1,2 mil pessoas mortas e cerca de 250 sequestradas sob controle dos terroristas em Gaza.
No vídeo do Hamas, uma terceira refém, identificada como Noa Argamani, de 26 anos, que supostamente ainda está viva, relata como os dois companheiros de cativeiro morreram. Ela diz que eles foram atingidos por "bombardeios israelenses em dois momentos diferentes", enquanto eram "transferidos de um edifício para outro".
Antes do relato de Argamani, o vídeo inclui depoimentos de Itay e Yossi, nos quais eles falam das "difíceis condições do cativeiro", sem comida e água, e pedem a Netanyahu que "acabe com a guerra", declarações que provavelmente podem ter sido feitas sob pressão.
O porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, disse que o edifício onde supostamente os reféns estavam não era um alvo e não foi atacado pelas forças israelenses. Hagari também afirmou que as autoridades estão neste momento em "contato permanente com as famílias dos reféns".
"Nos últimos dias, representantes das Forças de Defesa de Israel se reuniram com as famílias de Itay e do outro refém, e expressaram sua grande preocupação pelo destino deles, devido às informações que tínhamos", disse ele.
A guerra entre Israel e Hamas completou neste domingo (14) 100 dias, sem perspectiva de uma solução diplomática. As famílias dos reféns realizaram uma manifestação em Tel Aviv para exigir que o governo negocie a libertação de todos eles, enquanto o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defende que a "única alternativa é manter a pressão militar sobre o Hamas".
Ainda há 136 reféns na Faixa de Gaza, embora cerca de 25 possam estar mortos, de acordo com as informações coletadas por Israel.
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