Jens Stoltenbeg, afirmou que "é importante que os aliados da OTAN reabasteçam suas reservas"
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança militar que reúne 31 países, assinou nesta terça-feira (23) contratos no valor de US$ 1,2 bilhão (R$ 5,9 bilhões, na cotação atual) para a compra de mais de 200 mil projéteis de alto calibre e poder destrutivo, segundo informou uma fonte próxima das negociações à agência AFP. O motivo da aquisição seria o reabastecimento das reservas esgotadas pela ajuda fornecida à Ucrânia durante os anos de guerra contra a Rússia. De acordo com a fonte, os equipamentos serão fornecidos por uma empresa francesa e uma alemã. O secretário-geral da organização, Jens Stoltenbeg, afirmou que "é importante que os aliados da OTAN reabasteçam suas reservas, para a continuidade do apoio a Kiev". Recentemente, a aliança militar reforçou seu flanco leste, como forma de dissuadir Moscou em sua larga ofensiva contra sua vizinha do leste europeu. Além disso, neste mês, a OTAN já anunciou que vários países integrantes da aliança assinaram contratos para a compra de até mil mísseis antiaéreos Patriot e, a partir desta semana, a organização dará início à maior série de exercícios militares desde a Guerra Fria, com mais de 90 mil soldados e meses de duração, segundo informou o comandante-geral da organização na Europa, o general Christopher Cavoli, na quinta-feira passada. A operação, apelidada de Steadfast Defender 24 (Defensor Firme 24, em tradução livre), já foi realizada pela organização em outros anos, mas retorna num momento em que a guerra da Rússia contra Kiev ganha novas proporções, com a intensificação dos ataques de Moscou contra grandes cidades ucranianas. A OTAN não está diretamente envolvida no conflito, no entanto tem mostrado apoio ao governo de Volodymyr Zelensky desde o início dos combates no leste europeu, por meio dos diferentes países que integram a aliança militar.
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