Espanha nega ter vendido armas para Israel depois de 7 de outubro

Membros do parlamento participam de uma sessão plenária antes da votação do polêmico projeto de lei de anistia do governo, no Congresso dos Deputados em Madri, em 30 de janeiro de 2024 (Foto de JAVIER SORIANO/AFP via Getty Images)

"Desde 7 de outubro de 2023 não foram autorizadas quaisquer operações de venda de armas a Israel"

O governo da Espanha negou nesta terça-feira que tenha continuado a vender armas a Israel, como apontam alguns meios de comunicação, e garantiu que desde 7 de outubro de 2023, dia do ataque do Hamas que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, não houve qualquer autorização para operações de venda.

O Ministério das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação espanhol manifestou-se assim em resposta à informação publicada pelos jornais El Diário e Público, segundo os quais a Espanha vendeu armas a Israel em plena guerra de Gaza apesar de ter anunciado a suspensão das exportações.

"Diante das informações que apareceram em alguns meios de comunicação, o Ministério das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação informa que desde 7 de outubro de 2023 não foram autorizadas quaisquer operações de venda de armas a Israel", garante o comunicado.

A informação publicada levou grupos como Sumar – parceiro do governo – e Esquerda Unida a exigir que a pasta de Exteriores espanhola cancelasse imediatamente qualquer licença de venda de armas a Israel que ainda esteja pendente.

Por sua vez, os independentistas catalães da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) solicitaram a presença do ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, para dar explicações sobre a alegada venda de material bélico a Israel, ao mesmo tempo que formularam várias questões ao governo sobre esta matéria para que lhes responda por escrito.

O governo presidido pelo socialista Pedro Sánchez defende que a melhor garantia para a paz no Oriente Médio é o reconhecimento do Estado palestino, segundo destacou o próprio Albares no Parlamento espanhol em dezembro, e exige o cumprimento do direito humanitário internacional na guerra de Gaza, ao mesmo tempo em que condena o ataque terrorista do Hamas em território israelense.

A guerra começou depois de um ataque do Hamas a Israel, no qual morreram 1.200 pessoas e mais de 200 foram feitas reféns, a que se seguiu uma ofensiva israelense em Gaza que já deixou mais de 28 mil mortos no enclave palestino.

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