Julgamento de Trump por pagamento à atriz pornô é confirmado para 25 de março

O ex-presidente Donald Trump se prepara para falar na Conservative Political Action Conference CPAC realizada no Hilton Anatole em Dallas, no Texas, no dia 11 de julho de 2021 | Brandon Bell / Getty Images

O julgamento durará cerca de seis semanas

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) será julgado a partir do próximo dia 25 de março por supostos pagamentos irregulares à atriz pornô Stormy Daniels, confirmou nesta quinta-feira um juiz em Nova York.

O dia 25 de março será dedicado exclusivamente à seleção do júri.

O juiz Juan Merchan anunciou sua decisão diante do próprio Trump, que foi hoje ao tribunal de Manhattan para tentar, com sua equipe jurídica, fazer com que o juiz rejeitasse as acusações – com o argumento de que isso interferiria na campanha eleitoral –, o que foi negado.

O julgamento durará cerca de seis semanas, confirmou Merchan.

O juiz explicou à defesa do ex-presidente que consultou a juíza Tanya Chutkan, que deve julgar o caso de suposta interferência eleitoral contra Trump em Washington, sobre possíveis conflitos de datas para coordenar a realização dos dois julgamentos.

No entanto, o julgamento em Washington, que estava originalmente agendado para março, está suspenso enquanto é decidido o recurso apresentado pela equipe jurídica do ex-presidente para que o caso seja arquivado.

Trump é acusado de 34 crimes relacionados aos US$ 130 mil que pagou a Stormy durante a campanha presidencial de 2016 a fim de encobrir um caso que tiveram dez anos antes, pagamento que foi ocultado com a cooperação de seu então advogado, Michael Cohen.

Trump enfrenta uma agenda complicada de julgamentos a partir de hoje: na sexta-feira, espera-se que outro tribunal de Nova York profira a sentença final em um processo civil contra a Organização Trump, o que poderia lhe custar, entre outras coisas, a proibição de operar no setor imobiliário no estado onde ele tem, por exemplo, sua famosa Trump Tower.

Em seguida, enfrentará acusações federais na Flórida por sua manipulação de documentos confidenciais após deixar o cargo de presidente, além de outro caso na Geórgia, devido a suas tentativas de reverter os resultados das eleições.

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