Ben-Gvir: Biden prefere se alinhar com Sinwar e Tlaib do que com Netanyahu

O chefe do partido Otzma Yehudit e Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, lidera uma reunião de facção no Knesset, o parlamento israelense em Jerusalém, em 18 de março de 2024 | Foto de Yonatan Sindel/Flash90

O ministro da Segurança Nacional disse ao The New York Times que o presidente dos EUA cometeu "um grande erro" ao pressionar Israel durante a sua campanha militar contra o Hamas

Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional de Israel, acusou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de se aliar aos inimigos do Estado Judeu, publicou o Jewish News Syndicate.

Durante uma entrevista ao The New York Times publicada na terça-feira (26), Ben-Gvir disse: "Atualmente, Biden prefere a linha de [a representante democrata palestino-americana do Michigan] Rashida Tlaib e [o líder do Hamas em Gaza, Yahya] Sinwar à linha de [o Primeiro-Ministro israelense] Benjamin Netanyahu e Ben-Gvir."

"Eu esperaria que o presidente dos Estados Unidos não adotasse a linha deles, mas sim a nossa", acrescentou.

Enquanto a administração Biden fornecia apoio inabalável a Jerusalém logo após o ataque liderado pelo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, incluindo Biden se tornando o primeiro presidente dos EUA em exercício a visitar Israel durante o tempo de guerra, Washington adotou uma postura cada vez mais crítica à medida que a guerra terrestre contra o Hamas em Gaza entra em seu sexto mês.

Isso culminou na segunda-feira com os americanos decidindo não usar seu poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, permitindo que uma resolução fosse aprovada que, pela primeira vez, desvinculava a demanda por um cessar-fogo temporário da libertação de 134 reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas.

Israel cancelou uma visita planejada de uma delegação de alto nível a Washington em resposta à ação dos EUA.

Netanyahu afirmou que a mudança na posição dos EUA "prejudica o esforço de guerra e o esforço para libertar os reféns", dando esperança ao Hamas de que a pressão internacional resultará em um cessar-fogo sem exigir que o grupo terrorista liberte os cativos.

A delegação israelense deveria discutir alternativas para uma operação terrestre iminente das Forças de Defesa de Israel na cidade de Rafah, último reduto do Hamas na Faixa de Gaza. Enquanto Israel insiste que a operação é necessária para alcançar seus objetivos de guerra de destruir o Hamas como entidade política e militar em Gaza, a administração Biden se opõe a uma ofensiva em larga escala.

Por sua vez, Ben-Gvir, em comunicado, chamou a aprovação da resolução da ONU de "prova de que o presidente Biden não está priorizando a vitória de Israel e do mundo livre sobre o terrorismo, mas sim suas próprias considerações políticas".

Ben-Gvir pediu que Israel intensifique sua campanha militar contra o Hamas em Gaza.

Na entrevista ao Times, o ministro afirmou que Biden cometeu "um grande erro" ao pressionar Israel sobre este assunto, acrescentando que "buscou constantemente impor restrições a Israel e fala sobre os direitos do outro lado, que inclui, lembro-vos, muitos terroristas que querem nos destruir".

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