"A Al Jazeera prejudicou a segurança de Israel, participou ativamente no massacre de 7 de outubro e incitou contra os soldados das IDF"
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (5) que as operações da rede de notícias Al Jazeera, sediada no Catar, serão encerradas no país.
As informações foram publicadas na rede X (antigo Twitter), onde o premier afirmou que a decisão foi unânime e, por isso, "o canal de incitação Al Jazeera será fechado em Israel".
A decisão inclui medidas como encerramento dos escritórios da Al Jazeera em Israel, o confisco de seu equipamento de radiodifusão, a prevenção de retransmissões, a eliminação do canal dos serviços de cabo e satélite do país, e o bloqueio do seu site.
"Os jornalistas da Al Jazeera prejudicaram a segurança de Israel e incitaram os soldados do Exército. É hora de eliminar o porta-voz do Hamas do nosso país", disse Netanyahu.
Depois da publicação, o chefe do veículo em Israel e nos territórios palestinos, Walid Omary, disse que sua equipe jurídica prepara uma resposta e que a decisão do governo é motivada por questões políticas.
A decisão do fechamento já era esperada, pois Netanyahu havia prometido encerrar o canal de televisão no país após a aprovação de uma lei que permite ao governo proibir redes estrangeiras consideradas uma ameaça à segurança nacional. A lei foi aprovada em abril no parlamento israelense, com 71 votos a favor, e 10 contra.
Na época, o primeiro-ministro se manifestou no X dizendo que "a Al Jazeera prejudicou a segurança de Israel, participou ativamente no massacre de 7 de outubro e incitou contra os soldados das Forças Armadas de Israel". Portanto, era "hora de retirar o porta-voz do Hamas do país".
O anúncio de Netanyahu ocorre em meio à reunião de negociadores no Cairo, que iniciou neste sábado (4) com o objetivo de conseguir um cessar-fogo e um acordo sobre a tomada de reféns.
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