Israel concorda com proposta dos EUA sobre trégua em Gaza, diz assessor de Netanyahu

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu | Foto: Reprodução/EFE

Biden
 pediu para que o grupo terrorista concorde com os termos


Em entrevista ao jornal britânico Sunday Times, veiculada neste domingo (2) pelo jornal israelense The Times of Israel, Ophir Falk, assessor de política externa do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que o país concorda com os termos gerais do acordo proposto pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que abrange uma trégua em Gaza, envolvendo a libertação de reféns e seria seguido de um cessar-fogo total na região.

No entanto, Falk ressaltou que "há muitos detalhes a serem trabalhados" neste acordo e que "não haverá um cessar-fogo permanente até que todos os nossos objetivos sejam atingidos", o que inclui certamente a eliminação total do grupo terrorista Hamas, que governa o enclave palestino, classificado por Falk como uma "organização terrorista genocida".

"Não é um bom acordo, mas nós queremos muito os reféns libertados, todos eles", disse Falk.

A proposta de Joe Biden, revelada nesta sexta-feira (31), contempla uma trégua em Gaza em troca da libertação dos reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas desde o ataque terrorista contra Israel em outubro de 2023.

Tal proposta já foi enviada para o Hamas através do Catar, mediador do conflito, e Biden pediu para que o grupo terrorista concorde com os termos.

Segundo disse Biden, o acordo visa "trazer todos os reféns para casa, garantir a segurança de Israel e criar um dia seguinte melhor em Gaza, sem o Hamas no poder, bem como estabelecer o cenário para um acordo político que ofereça um futuro melhor para israelenses e palestinos". O presidente americano, no entanto, não especificou como o Hamas seria removido do poder.

O plano de Biden é divido em três fases: ele começaria com uma trégua de seis semanas, durante o qual as forças israelenses se retirariam de "todas as áreas povoadas" de Gaza. Durante essa fase, alguns reféns, incluindo idosos e mulheres, seriam libertados em troca de centenas de prisioneiros palestinos, e civis palestinos retornariam às suas casas enquanto 600 caminhões diários levariam ajuda humanitária à região palestina. Na segunda fase, de duração indeterminada, Hamas e Israel negociariam os termos de um fim permanente das hostilidades, com a possibilidade de extensão do cessar-fogo enquanto as negociações prosseguissem, nesta, todos os reféns restantes seriam libertados. A terceira fase envolveria um grande plano de reconstrução para Gaza.

O governo de Israel acredita que atualmente 121 reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 ainda estejam em Gaza, mas nem todos vivos.

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