A delegação de Israel é a única a receber proteção 24 horas por dia de unidades especializadas da polícia e da gendarmaria francesas
Devido à guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, a delegação de Israel está sendo alvo de hostilidades antes mesmo da cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris, que será realizada na sexta-feira (26).
O grupo ativista francês Europalestine promete realizar um protesto anti-Israel durante a partida de estreia da seleção israelense no torneio de futebol masculino olímpico, que teve início nesta quarta-feira (24), antes da abertura oficial dos Jogos. O jogo contra Mali começa às 16 horas (horário de Brasília) no estádio Parc des Princes.
A segurança no estádio foi reforçada e a delegação de Israel é a única a receber proteção 24 horas por dia de unidades especializadas da polícia e da gendarmaria francesas, informou o governo da França. Outros protestos estão previstos.
Nesta semana, o Comitê Olímpico Palestino pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que Israel fosse impedida de participar da Olimpíada de Paris em razão da guerra na Faixa de Gaza, iniciada em 7 de outubro do ano passado com atentados do Hamas em território israelense nos quais cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 250 foram feitas reféns.
O Ministério da Saúde de Gaza, enclave controlado pelo Hamas, alega que mais de 39 mil pessoas foram mortas pelas forças israelenses desde o início do conflito, mas Israel e aliados como os Estados Unidos contestam esses números.
Nesta quarta-feira, o presidente do COI, Thomas Bach, disse que o comitê não se ateria a "questões políticas", indicando que o pedido palestino foi rejeitado.
As hostilidades contra Israel não pararam por aí. Em um protesto anti-Israel no fim de semana, o deputado francês Thomas Portes, do partido França Insubmissa (LFI, na sigla em francês), disse que a delegação israelense “não é bem-vinda em Paris” e pediu sua exclusão dos Jogos. "Atletas israelenses não são bem-vindos nos Jogos Olímpicos de Paris", disparou.
Em comunicado no X, Yonathan Arfi, presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas na França, chamou a declaração de Portes de "indecência" e a comparou ao assassinato de 11 atletas israelenses por terroristas palestinos na Olimpíada de Munique em 1972.
"Desde 7 de outubro, Thomas Portes tem legitimado o Hamas. Ele agora coloca um alvo nas costas dos atletas israelenses, já os mais ameaçados nos Jogos Olímpicos. Irresponsável", escreveu Arfi.
O LFI é um partido radical que integra a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP), vencedora das recentes eleições legislativas antecipadas na França, mas que não obteve maioria absoluta para governar.
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