Trump é um admirador de Orbán, a quem chama de "o político mais durão da Europa"
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, se reuniu nesta quinta-feira (11) com o ex-presidente dos EUA Donald Trump na Flórida para avançar em sua agenda de alcançar um acordo de "paz" entre Ucrânia e Rússia.
"Foi uma honra visitar Trump (...) discutimos maneiras de alcançar a paz. A boa notícia é: ele vai resolver isso", disse o político de direita húngaro na rede social X.
A reunião com Trump aconteceu apenas uma semana depois de Orbán se encontrar com o ditador russo, Vladimir Putin, e à margem da cúpula da Otan, que terminou no mesmo dia em Washington.
Vários países da Otan expressaram descontentamento com as recentes viagens de Orbán a Moscou e Pequim, coincidindo com o início do período de seis meses em que a Hungria ficará na presidência do Conselho da União Europeia (UE).
Durante a cúpula da Otan, Orbán foi visto em várias ocasiões isolado das conversas informais entre os líderes, assim como em sua participação no jantar de gala oferecido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca na noite de quarta-feira (10).
Poucos dias depois de assumir a presidência rotativa do Conselho da UE em 1º de julho, Orbán, o membro do clube da UE mais próximo do Kremlin, visitou Kiev, Moscou, Pequim e Washington no que ele descreveu como uma "missão de paz" para a guerra na Ucrânia.
O primeiro-ministro húngaro foi o único chefe de governo da União Europeia a apoiar Trump nas eleições de 2016 e 2020, assim como durante os julgamentos nos quais o agora candidato presidencial se tornou réu na justiça americana.
Por sua vez, Trump é um admirador de Orbán, a quem chama de "o político mais durão da Europa".
Em 1º de março, Orbán disse em um fórum na Turquia que o eventual retorno de Trump ao poder após a eleição presidencial de novembro próximo é uma condição necessária para acabar com a guerra na Ucrânia.
Ele ressaltou que o ex-presidente americano também poderia ter evitado uma escalada na guerra de Gaza se tivesse permanecido na Casa Branca após as eleições de 2020, porque "sem os EUA é impossível fazer a paz no Oriente Médio".
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