Apoiadores do Hezbollah tentam invadir Embaixada dos EUA no Iraque após morte de Nasrallah

Manifestantes pró-Hezbollah se concentraram em frente ao portão da Zona Verde de Bagdá, onde fica a embaixada americana | Foto: EFE/EPA/AHMED JALIL

Assim como o Hezbollah, milícias iraquianas são apoiadas pelo Irã


Centenas de apoiadores do grupo xiita Hezbollah tentaram invadir na noite deste sábado (28) a Embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, capital do Iraque, em protesto pela morte do líder da organização terrorista libanesa, Hassan Nasrallah, num ataque de Israel na sexta-feira (27).

Segundo informações da agência EFE, os simpatizantes do Hezbollah se concentraram em frente ao portão da Zona Verde, onde fica a representação diplomática.

Vídeos e fotos postados em redes sociais e no YouTube mostraram os participantes do protesto segurando cartazes e fotos com símbolos do grupo terrorista libanês e imagens de Nasrallah.

Esses registros também mostraram uma forte reação de agentes de segurança, repelindo a tentativa de invasão.

Mais cedo, o primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, havia classificado o ataque israelense ao QG do Hezbollah em Beirute que matou Nasrallah como "vergonhoso" e "um crime que mostra que a entidade sionista cruzou todas as linhas vermelhas".

O premiê chamou o líder terrorista de "um mártir no caminho dos justos".

Assim como o Hezbollah, milícias iraquianas são apoiadas pelo Irã. Essas facções realizaram ataques contra alvos militares americanos no Iraque e na Síria a partir do início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, devido ao apoio dos EUA a Israel.

Os Estados Unidos responderam com ataques contra bases da Mobilização Popular, que reúne grupos paramilitares pró-Teerã e que cessou a ofensiva contra alvos militares americanos em fevereiro.

Os Estados Unidos haviam anunciado na sexta-feira que chegaram a um acordo com o governo do Iraque para encerrar a missão contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em setembro de 2025 no país árabe e que assumirão um papel de consultoria e apoio dentro de uma "relação bilateral de segurança" normalizada.

No entanto, autoridades de alto escalão dos EUA disseram que ainda não há um acordo sobre a redução do número de tropas no Iraque, algo que o país árabe há muito tempo pede.

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