Explosão de pagers no Líbano mata membros do Hezbollah e fere embaixador do Irã

Ambulância atende feridos após incidente envolvendo dispositivos sem fio de membros do Hezbollah em Dahieh, Beirute, sul do Líbano | Foto: EFE/EPA/WAEL HAMZEH

O caso ocorreu principalmente em áreas do sul do Líbano e nos subúrbios de Beirute


Dezenas de dispositivos de mensagens do tipo pager explodiram em série nesta terça-feira (17), em localidades do sul do Líbano, no leste do Vale do Bekaa e nos subúrbios do sul de Beirute, todas regiões controladas pelo grupo terrorista Hezbollah.

"Um grande número de pessoas com vários ferimentos está chegando aos hospitais libaneses e, inicialmente, descobriu-se que os ferimentos estão relacionados à explosão de dispositivos sem fio em posse dos feridos", informou em comunicado o Ministério da Saúde Pública do Líbano.

O departamento do governo pediu a todos os hospitais nas regiões afetadas que ativassem o nível de "alerta máximo" e se preparassem para lidar com uma "necessidade urgente de serviços de saúde de emergência".

"O ministério pede a todos os cidadãos com dispositivos de comunicação sem fio que fiquem longe deles até que a verdade sobre o que está acontecendo seja revelada", acrescentou a nota.

O grupo xiita libanês afirmou que pagers que estavam em posse de seus membros explodiram nesta terça-feira, provocando a morte de alguns militantes. O Hezbollah não mencionou quem estaria por trás do ataque.

Os dispositivos são usados pelo grupo para evitar o rastreamento de Israel, país considerado um inimigo para a milícia e seus aliados do Eixo da Resistência, uma aliança regional liderada pelo Irã.

Segundo a mídia de Teerã, o embaixador do país no Líbano, Mojtaba Amani, ficou levemente ferido na série de explosões.

"Mojtaba Amani, embaixador do Irã no Líbano, ficou ferido na explosão de um pager", afirmou a agência de notícias Mehr. Já a agência de notícias Fars, que é ligada à Guarda Revolucionária iraniana, disse que Amini sofreu um ferimento "superficial" e está sendo tratado no hospital.

O caso ocorreu principalmente em áreas do sul do Líbano e nos subúrbios de Beirute, que são controladas pelo grupo armado, que está envolvido em intenso fogo cruzado com Israel há mais de 11 meses.

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