Em agosto, o FBI abriu uma investigação sobre tentativas do Irã de interferir na eleição presidencial americana, marcada para 5 de novembro
O Escritório do Diretor de Inteligência Nacional, o FBI e a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos Estados Unidos informaram nesta quarta-feira (18) que os hackers do Irã que roubaram informações da campanha à presidência do republicano Donald Trump as enviaram a integrantes da então equipe de reeleição do presidente democrata Joe Biden.
Segundo a emissora americana CNN, as três agências governamentais informaram numa declaração conjunta que ciberagentes iranianos "enviaram e-mails não solicitados para indivíduos então associados à campanha do presidente Biden que continham um trecho retirado de material roubado e não público da campanha do ex-presidente Trump como texto nos e-mails".
O comunicado apontou que não há registro de que a campanha de Biden tenha respondido a essas mensagens, enviadas entre o final de junho e o início de julho, antes que o presidente desistisse de tentar a reeleição e fosse substituído pela vice-presidente Kamala Harris como cabeça de chapa democrata.
Em agosto, o FBI abriu uma investigação sobre tentativas do Irã de interferir na eleição presidencial americana, marcada para 5 de novembro. Segundo informações do jornal The Washington Post, acusações criminais contra o regime de Teerã devem ser apresentadas em breve por ações relacionadas às campanhas de Trump, Biden e Kamala.
Morgan Finkelstein, porta-voz de segurança nacional da campanha de Kamala, disse à CNN que integrantes da equipe democrata receberam mensagens nos seus e-mails pessoais e que está havendo cooperação com as autoridades policiais desde que foi informado que a então campanha de Biden estaria entre os alvos das operações iranianas.
"Não temos conhecimento de nenhum material sendo enviado diretamente para a campanha. Alguns indivíduos foram alvos em seus e-mails pessoais com o que pareceu ser uma tentativa de spam ou phishing. Condenamos nos termos mais fortes qualquer esforço de atores estrangeiros para interferir nas eleições dos EUA, incluindo essa atividade maliciosa indesejada e inaceitável", disse Finkelstein.
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