Em um comunicado posterior, Jerusalém afirmou ter eliminado três membros de alto escalão do Hamas no bombardeio
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse em uma coletiva à imprensa internacional, nesta segunda-feira (9), que o grupo terrorista Hamas não funciona mais como uma formação militar, após os 11 meses de guerra, desde o massacre de 7 de outubro.
Apesar do anúncio, o país continua a lutar com uma espécie de guerrilha na Faixa de Gaza, segundo Gallant. "O Hamas como uma formação militar não existe mais. O Hamas está envolvido em uma guerra de guerrilha e ainda estamos lutando contra terroristas do grupo e procurando sua liderança", fazendo referência a Yahya Sinwar, nomeado no mês passado substituto de Ismail Haniyeh, morto em um ataque no Irã, em julho.
Na madrugada desta terça-feira (10), o Exército israelense confirmou um ataque à zona humanitária de Khan Younis, no sul do enclave, definindo-o como uma "operação conjunta com o serviço de inteligência interno – o Shin Bet – dirigida contra importantes terroristas do Hamas", que operavam a partir de um investigado centro de controle incorporado no local.
Em um comunicado posterior, Jerusalém afirmou ter eliminado três membros de alto escalão do Hamas no bombardeio.
"Entre os milicianos estavam Samer Ismail Jadr Abu Daqqa, líder da unidade aérea do Hamas. Além dele, o terrorista Osama Tabesh, chefe do Departamento de Observação e Alvejamento do quartel-general da Inteligência Militar do Hamas; e Ayman Mabhouh, outro terrorista de alto escalão da organização islâmica”, informou um comunicado militar israelense.
Segundo os militares envolvidos na operação, todos participaram dos ataques de 7 de outubro, nos quais terroristas palestinos de Gaza, sob a liderança do Hamas, mataram quase 1.200 israelenses e raptaram outros 251 – dos quais 97 permanecem no enclave, pelo menos 30 deles já mortos.
O Hamas negou nesta terça-feira que houvesse membros do grupo na área da zona humanitária de Khan Younis, no entanto, essa estratégica de utilizar os civis como escudos humanos já é observada em Gaza desde o início da guerra, com a descoberta de esconderijos em escolas, em uma agência da ONU no enclave e até em quartos de crianças.
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