Após ameaça de tarifa de 50%, Trump diz que UE quer negociar 'rapidamente'

Presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona União Europeia (UE) para negociar um acordo comercial (Foto: EFE/EPA/SAMUEL CORUM)

Após a imposição das tarifas, os EUA já fecharam acordos comerciais com Reino Unido e China para reduzir as taxas e aumentar o acesso a esses mercados


O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (27) que representantes da União Europeia (UE) pediram para "definir rapidamente datas de reuniões" para chegar a um acordo comercial, após a ameaça do líder americano de impor uma tarifa de 50% ao bloco por não ver progresso nas negociações.

"Acabei de ser informado de que a UE ligou para definir rapidamente as datas da reunião. Esse é um evento positivo, e espero que, finalmente, assim como minha exigência à China, eles abram as nações europeias ao comércio com os Estados Unidos", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.

Trump avisou na última sexta-feira que imporia uma tarifa de 50% sobre a UE a partir de 1º de junho, pois acreditava que as negociações bilaterais não estavam "indo a lugar algum". Ele também disse que as empresas que fabricam seus produtos nos EUA estariam isentas do imposto.

No entanto, em um telefonema com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no domingo, ele concordou em estender o prazo para um acordo até 9 de julho.

"Fiquei extremamente satisfeito com a alocação de 50% da tarifa para a União Europeia (UE), especialmente porque eles estavam sendo 'lentos' (para dizer o mínimo!) em nossas negociações com eles. Lembrem-se, eu tenho o poder de 'alcançar um acordo' sobre o comércio com os EUA se não conseguirmos chegar a um acordo ou se obtivermos um acordo ruim", comentou Trump nesta terça-feira.

Desde que voltou ao poder, Trump adotou medidas tarifárias contra seus parceiros comerciais, várias das quais ele suspendeu temporariamente até 9 de julho, em meio à reação negativa do mercado financeiro.

As que estão em vigor incluem tarifas de 25% sobre aço, alumínio e seus derivados, 25% sobre carros importados e certas peças de automóveis, juntamente com uma tarifa básica de 10% aplicável a todos os seus parceiros comerciais. No caso da UE, essa tarifa de 10% poderá aumentar para 20% quando a atual pausa dos EUA expirar em julho.

Após a imposição das tarifas, os EUA já fecharam acordos comerciais com Reino Unido e China para reduzir as taxas e aumentar o acesso a esses mercados.

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