Israel deve intensificar ofensiva contra o Hamas em Gaza

O Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, em reunião em Tel Aviv (Foto: EFE/Maayan Toaf/LMA)

Pesquisas de opinião divulgadas recentemente mostram que a maioria da população israelense estaria disposta a aceitar até mesmo o fim das operações em Gaza


As Forças de Defesa de Israel (IDF) se preparam para emitir dezenas de milhares de ordens de recrutamento a reservistas com o objetivo de intensificar a ofensiva terrestre contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. A convocação, que deve se concretizar ao longo da próxima semana, foi revelada por fontes militares ao jornal Haaretz, e visa liberar tropas ativas que estão atualmente posicionadas em outras frentes de defesa, como nas fronteiras com o Líbano, a Síria e a Cisjordânia.

A manobra militar prevê a substituição dos soldados regulares por reservistas, permitindo que as unidades de combate altamente treinadas avancem com maior intensidade nas operações dentro de Gaza. Segundo o Haaretz, o plano é "permitir que os soldados da ativa participem diretamente do combate em Gaza", reforçando o cerco às posições do Hamas e aumentando a pressão militar sobre a organização terrorista.

Embora a mobilização em larga escala não tenha sido oficialmente confirmada pelas IDF — que, procuradas pela Agência EFE, se recusaram a comentar —, a rádio do Exército israelense também informou que "dezenas de milhares de militares" deverão se apresentar em breve. A expectativa é que esse reforço contribua para "aumentar a pressão militar sobre o Hamas e retirar à força mais civis dentro de Gaza", segundo o veículo.

A decisão das autoridades militares ocorre no momento em que parte da sociedade israelense pressiona por um acordo com o Hamas que leve à libertação dos 59 reféns que ainda estão em poder do grupo terrorista palestino. Neste sábado (3), milhares de manifestantes se reuniram em Tel Aviv, na Praça dos Reféns, como vêm fazendo semanalmente, cobrando do governo um compromisso com a libertação dos sequestrados. Entre os presentes estavam pelo menos três ex-reféns que pediram publicamente que o país não celebre o Dia da Independência sem o retorno de todos os cativos.

Pesquisas de opinião divulgadas recentemente mostram que a maioria da população israelense estaria disposta a aceitar até mesmo o fim das operações em Gaza, caso isso garanta o resgate dos reféns. Apesar desse sentimento, o governo de Benjamin Netanyahu mantém a linha de intensificação do confronto contra o Hamas, diante de um cenário em que parte da liderança militar e política considera que qualquer concessão enfraqueceria a segurança do Estado.

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