'Nova era': Reino Unido e UE assinam acordo comercial histórico anos após o Brexit

O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen: UE e Reino Unido selam acordo histórico pós-Brexit (Foto: EFE/EPA/JASON ALDEN / POOL)

"Este acordo é uma vitória para ambos os lados e alcança o que o povo britânico votou: ele nos dá acesso sem precedentes ao mercado da UE"


A União Europeia (UE) e o Reino Unido assinaram um acordo histórico de reaproximação nas áreas comerciais e de segurança, nesta segunda-feira (19), anos após a saída dos britânicos do bloco.

O primeiro-ministro Keir Starmer declarou após a cúpula entre o Reino Unido e a UE, realizada em Londres, que o acordo sobre uma nova Parceria Estratégica "marcam uma nova era" entre os dois lados.

"Este acordo é uma vitória para ambos os lados e alcança o que o povo britânico votou: ele nos dá acesso sem precedentes ao mercado da UE, mantendo as linhas vermelhas do nosso programa eleitoral", detalhou Starmer em entrevista coletiva ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.

Starmer destacou que seu país está "de volta ao cenário mundial", tendo acordos concluídos econômicos e comerciais com a Índia, Estados Unidos e agora com a UE nas últimas duas semanas, agradeceu também às decisões de seu governo para estabilizar a economia do país.

O primeiro-ministro comentou que o acordo sanitário e fitossanitário para alinhar as regras do setor agroalimentar "impulsionará as exportações britânicas e tornará os produtos mais baratos nos supermercados".

Com relação às críticas ao pacto para estender por 12 anos a permissão para a frota europeia pescar em águas britânicas, o primeiro-ministro ressaltou que a maior parte do peixe pescado no Reino Unido acaba na UE, portanto, as maiores facilidades administrativas para a exportação ajudando o setor pesqueiro britânico.

Starmer também defendeu o compromisso de criar um programa de livre circulação para jovens entre países europeus, uma das principais demandas de Bruxelas, garantindo que "ele [o programa] dá aos jovens a oportunidade de viajar, estudar e trabalhar", mas ao mesmo tempo esses vistos serão "limitados no tempo" e serão incluídas cotas para seu número.

O líder trabalhista tem enfrentado críticas da oposição de direita e da Escócia (pelo pacto de pesca), que o acusa de "rendição", apesar de ter reiterado que nenhuma linha vermelha imposta por seu governo foi ultrapassada, como permitir a livre circulação de pessoas ou retorno à união alfandegária.

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