Síria diz que suspensão de sanções dos EUA é 'crucial' e permitirá reconstrução do país

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou hoje em Riad a suspensão das sanções à Síria após conversas com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad Al Shaibani, parabenizou nesta terça-feira (13) o anúncio feito pelos Estados Unidos sobre a suspensão das sanções contra o país, uma medida que ele disse ser "crucial" e que permitirá a reconstrução nacional após quase 14 anos de guerra.

"O acontecimento representa uma evolução crucial para o povo sírio à medida que avançamos em direção a um futuro de estabilidade, autossuficiência e verdadeira reconstrução após anos de guerra devastadora", declarou o chanceler à agência de notícias síria oficial SANA.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou hoje em Riad a suspensão das sanções à Síria após conversas com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e depois de o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também ter feito um pedido semelhante.

"Consideramos o anúncio muito positivo e estamos prontos para construir um relacionamento com os EUA baseado no respeito mútuo, na confiança e nos interesses compartilhados”, disse o chanceler sírio à SANA logo após o anúncio de Trump na Arábia Saudita.

Shaibani acrescentou que Trump tem em mãos a possibilidade de conseguir uma "vitória real" para os interesses dos EUA na Síria, onde Washington mantém cerca de 2.000 soldados em zonas fora do controle de Damasco, uma presença que supostamente pretende diminuir.

Na opinião do chefe da diplomacia da Síria, com o anúncio de hoje, Trump já deu ao país "mais" do que seus antecessores, a quem acusou de permitir que "criminosos de guerra cruzassem a linha vermelha e cometessem massacres desumanos", em referência às ações do regime deposto de Bashar Al Assad.

A Síria está sujeita a um grande número de punições internacionais impostas principalmente durante o governo de Assad e, embora algumas delas tenham sido suspensas nos meses seguintes à sua queda em dezembro de 2024, a maior parte das sanções dos EUA representava um grande obstáculo ao desenvolvimento do país.

O anúncio da suspensão das sanções aconteceu um dia antes de Trump se encontrar o líder sírio, Ahmed Al Sharaa, durante sua estadia na Arábia Saudita.