Governo Trump acusa Columbia de não combater antissemitismo e ameaça descredenciar universidade

Cerimônia de formatura de estudantes da Universidade de Columbia, em Nova York, em maio (Foto: JUAN ARREDONDO/EFE/EPA)

Em comunicado, a direção da universidade disse que está fazendo uma articulação com o governo Trump para resolver o problema


O Escritório de Direitos Civis do Departamento de Educação dos Estados Unidos notificou nesta quarta-feira (4) a Universidade de Columbia, em Nova York, a respeito da possibilidade de retirada do credenciamento da instituição.

Em nota, o Departamento de Educação alegou que a direção de Columbia agiu "com indiferença deliberada em relação ao assédio a estudantes judeus, violando assim o Título VI da Lei de Direitos Civis de 1964".

"Após o ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, a liderança da Universidade de Columbia agiu com indiferença deliberada em relação ao assédio a estudantes judeus em seu campus. Isso não é apenas imoral, mas também ilegal", disse a secretária de Educação dos EUA, Linda McMahon.

Em comunicado, a direção da universidade disse que está fazendo uma articulação com o governo Trump para resolver o problema.

"A Columbia está profundamente comprometida com o combate ao antissemitismo em nosso campus. Levamos essa questão a sério e continuamos trabalhando com o governo federal para resolvê-la", afirmou.

Caso a Columbia perca seu credenciamento, os créditos acadêmicos de alunos da universidade não poderão ser transferidos, ameaçando a admissão em programas de pós-graduação, e seus estudantes ficariam impedidos de tomar empréstimos e ajuda do governo federal para pagar anuidades e despesas durante sua formação.

Em março, em resposta a um ultimato do governo Trump para que tomasse medidas contra o antissemitismo (a universidade teve grandes protestos contra Israel no ano passado), a Columbia adotou uma série de mudanças para continuar recebendo recursos federais, como contratar mais de 30 funcionários com poder de prisão no campus e intervenção externa no Departamento de Estudos do Oriente Médio, Sul da Ásia e África.

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