Greta deixa Israel após navio com ativistas ser detido por tentar furar bloqueio a Gaza

A sueca Greta Thunberg partindo de Israel após tentativa frustrada de acessar Gaza. Crédito: Reprodução/X/@IsraelMFA

Thunberg é um dos quatro ativistas (de um total de 12) tripulantes da Flotilha da Liberdade que concordaram em deixar Israel voluntariamente


O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou em um comunicado na manhã desta terça-feira (10) que a sueca Greta Thunberg concordou em deixar Israel depois do navio Madleen, da Flotilha da Liberdade, no qual viajava com outros ativistas, ser impedido de entrar em Gaza.

"Greta Thunberg acaba de decolar de Israel em um voo para a Suécia (via França)", disse a pasta, que também publicou duas imagens nas redes sociais da ativista a bordo de um avião no Aeroporto Internacional Ben Gurion. Ela é conhecida por seu ativismo climático e há um tempo evita viagens aéreas.

Thunberg é um dos quatro ativistas (de um total de 12) tripulantes da Flotilha da Liberdade que concordaram em deixar Israel voluntariamente. Outras oito pessoas recusaram essa possibilidade e deverão comparecer perante o Tribunal de Revisão de Detenções por Imigração para que se decidisse sobre sua deportação do país.

"Os oito restantes detidos contestarão a sua deportação perante um tribunal israelense. Espera-se que esses detidos sejam apresentados ao Tribunal de Revisão de Detenções por Imigração esta manhã", informou a organização de assistência jurídica palestina em Israel Adalah, cujos advogados integram a equipe jurídica da Flotilha.

Um dos ativistas detidos é a eurodeputada Rima Hassan, membro do partido de esquerda francês França Insubmissa que atua no Parlamento Europeu.

"Nos últimos dias e horas, o Presidente do Parlamento Europeu tem estado em contato direto com as autoridades israelenses para garantir a segurança da deputada do Parlamento Europeu, Rima Hassan, que era uma das pessoas a bordo do barco Madleen e de todos os que a acompanhavam", disse Delphine Colard, porta-voz do Parlamento Europeu, na segunda-feira.

A Flotilha da Liberdade seguiu o caminho da Faixa de Gaza com ajuda humanitária, com o objetivo de romper o bloqueio marítimo imposto por Israel.

As autoridades israelenses interceptaram o navio Madleen na manhã de segunda-feira, em um ato que a equipe jurídica da Flotilha descreveu como "ilegal", visto que o barco ainda estava em águas internacionais. Os ativistas alegaram "sequestro" por parte das autoridades israelenses.

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