Irã admite pela 1ª vez que ataques dos EUA causaram danos graves a instalações nucleares

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi. (Foto: ALEXANDER KAZAKOV/SPUTNIK/KREMLIN/EFE/EPA)

Segundo Araghchi, a extensão dos danos ainda está sendo avaliada e o regime islâmico discute se irá permitir a entrada de inspetores internacionais


O regime islâmico do Irã admitiu pela primeira vez nesta quinta-feira (26) que os ataques lançados pelos Estados Unidos no sábado (21) contra suas instalações nucleares provocaram "danos extensos e graves".

A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, durante uma coletiva de imprensa em Istambul, na Turquia, no momento em que o país avança para suspender sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas responsável pela fiscalização nuclear.

Segundo Araghchi, a extensão dos danos ainda está sendo avaliada e o regime islâmico discute se irá permitir a entrada de inspetores internacionais.

"Devo dizer que o dano é extenso e sério, mas se os inspetores da AIEA devem vir e ser totalmente informados é uma decisão que deve ser tomada de acordo com a lei do parlamento", afirmou o chanceler em entrevista ao canal estatal
IRINN. "Na minha opinião, o Conselho Supremo de Segurança Nacional deve tomar essa decisão", completou.

Os Estados Unidos e Israel aumentaram nesta quinta a pressão sobre o regime dos aiatolás. Segundo o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ambos os países exigiram que o Irã entregue todo o urânio enriquecido sob sua posse. Mais cedo, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, reapareceu dizendo que seu país derrotou Israel, declaração que foi rejeitada pela Casa Branca.

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