Turquia acusa Netanyahu de ser 'maior ameaça' ao Oriente Médio

Segundo comunicado do governo da Turquia, o presidente Recep Erdogan voltou a criticar Netanyahu em conversa com o emir do Catar (Foto: MASSIMO PERCOSSI/EFE/EPA)

Os governos da Turquia e israelense trocam farpas desde o início da atual guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023


O governo da Turquia voltou a criticar o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desta vez devido à troca de ataques com o Irã, após as forças israelenses terem iniciado na sexta-feira passada (13) uma ofensiva contra instalações militares e nucleares iranianas.

Em nota publicada no X nesta terça-feira (17), o governo turco relatou que o presidente Recep Tayyip Erdogan conversou por telefone com o emir do Catar, o sheik Tamim bin Hamad Al Thani.

"A ligação abordou o conflito entre Israel e o Irã, bem como as relações bilaterais e questões regionais", informou a presidência da Turquia.

"Observando que vem mantendo contatos diplomáticos intensos relativos aos confrontos desencadeados pelos ataques de Israel ao Irã, o presidente Erdogan afirmou que continuará seus esforços para pôr fim à espiral de violência e que Netanyahu demonstrou mais uma vez que é a maior ameaça à segurança da região", afirmou.

"Ressaltando que os ataques de Israel não podem ofuscar a crise humanitária e o genocídio em Gaza, o presidente Erdogan alertou para não deixar que os incidentes também afetem a Síria" acrescentou a presidência turca. O gabinete de Netanyahu ainda não se pronunciou sobre esses comentários.

Os governos da Turquia e israelense trocam farpas desde o início da atual guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, desencadeada pelos atentados em que o grupo terrorista Hamas matou 1,2 mil pessoas e sequestrou outras 251 em Israel.

A Turquia pediu para aderir a uma ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, que investiga acusações de genocídio na ofensiva de Israel em Gaza, e enviou uma carta às Nações Unidas para solicitar a imposição de um embargo internacional de armas aos israelenses.

Antes, Erdogan havia comparado Netanyahu a Adolf Hitler e cortado o comércio entre os dois países. A chancelaria israelense acusou Erdogan de apoiar o Hamas.

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