Os representantes desses 25 países também expressaram sua oposição aos planos de transferir 2,1 milhões de palestinos para Rafah
O governo israelense rejeitou uma declaração conjunta emitida nesta segunda-feira (21) pelos ministros das Relações Exteriores de 25 países e pela comissária da União Europeia para Igualdade, Preparação e Gerenciamento de Crises, Hadja Lahbib, pedindo o fim da guerra na Faixa de Gaza e a entrada de suprimentos de alimentos no local, e culpou o grupo terrorista Hamas pelos ataques contínuos.
"Todas as declarações e afirmações devem ser dirigidas à única parte responsável pela falta de um acordo sobre a libertação dos reféns e um cessar-fogo: o Hamas, que começou essa guerra e a está prolongando", disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel em comunicado.
No texto, Israel insiste que "há uma proposta concreta para um acordo de cessar-fogo" – que não inclui o fim definitivo da ofensiva ou a retirada das tropas de Gaza – que foi "repetidamente" aceita por Israel, mas não pelo Hamas.
"Neste momento delicado das negociações em andamento, é melhor evitar declarações desse tipo", pede o comunicado.
A petição assinada pelos ministros das Relações Exteriores de Espanha, Bélgica, Canadá, Reino Unido e França, entre outros, pede que Israel encerre sua ofensiva de guerra e enfatiza que o país deve cumprir suas obrigações "de acordo com a lei humanitária internacional".
Os chanceleres também apontaram como "perigoso" o modelo atual de entrega de alimentos, baseado em cerca de quatro complexos militarizados que depositam caixas de alimentos em pontos de entrega cercados.
"Condenamos a distribuição fragmentada de ajuda e a morte desumana de civis, inclusive crianças, que tentam atender às suas necessidades mais básicas de alimentos e água. É terrível que mais de 800 palestinos tenham morrido enquanto buscavam ajuda", afirmam os chefes diplomáticos.
O número de mortes nesse contexto é apontado pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Os representantes desses 25 países também expressaram sua oposição aos planos de transferir 2,1 milhões de palestinos para Rafah.
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