Israel rejeita pedido de 25 países para encerrar guerra em Gaza e culpa Hamas

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em declaração durante visita ao Instituto Weizmann de Ciências, atingido por mísseis iranianos na cidade de Rehovot, no centro de Israel, em 20 de junho de 2025. (Foto: EFE/EPA/JACK GUEZ / POOL)

Os representantes desses 25 países também expressaram sua oposição aos planos de transferir 2,1 milhões de palestinos para Rafah


O governo israelense rejeitou uma declaração conjunta emitida nesta segunda-feira (21) pelos ministros das Relações Exteriores de 25 países e pela comissária da União Europeia para Igualdade, Preparação e Gerenciamento de Crises, Hadja Lahbib, pedindo o fim da guerra na Faixa de Gaza e a entrada de suprimentos de alimentos no local, e culpou o grupo terrorista Hamas pelos ataques contínuos.

"Todas as declarações e afirmações devem ser dirigidas à única parte responsável pela falta de um acordo sobre a libertação dos reféns e um cessar-fogo: o Hamas, que começou essa guerra e a está prolongando", disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel em comunicado.

No texto, Israel insiste que "há uma proposta concreta para um acordo de cessar-fogo" – que não inclui o fim definitivo da ofensiva ou a retirada das tropas de Gaza – que foi "repetidamente" aceita por Israel, mas não pelo Hamas.

"Neste momento delicado das negociações em andamento, é melhor evitar declarações desse tipo", pede o comunicado.

A petição assinada pelos ministros das Relações Exteriores de Espanha, Bélgica, Canadá, Reino Unido e França, entre outros, pede que Israel encerre sua ofensiva de guerra e enfatiza que o país deve cumprir suas obrigações "de acordo com a lei humanitária internacional".

Os chanceleres também apontaram como "perigoso" o modelo atual de entrega de alimentos, baseado em cerca de quatro complexos militarizados que depositam caixas de alimentos em pontos de entrega cercados.

"Condenamos a distribuição fragmentada de ajuda e a morte desumana de civis, inclusive crianças, que tentam atender às suas necessidades mais básicas de alimentos e água. É terrível que mais de 800 palestinos tenham morrido enquanto buscavam ajuda", afirmam os chefes diplomáticos.

O número de mortes nesse contexto é apontado pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Os representantes desses 25 países também expressaram sua oposição aos planos de transferir 2,1 milhões de palestinos para Rafah.

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