Trump afirmou que "o Hamas não quis fazer um acordo” em declaração à imprensa na Casa Branca
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira que Israel e os Estados Unidos estão considerando alternativas para o retorno dos reféns, informou o The Jerusalem Post.
"O enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, tem razão: o Hamas é o obstáculo para a libertação dos reféns. Junto com nossos aliados americanos, estamos considerando alternativas para trazer nossos reféns para casa, pôr fim ao regime terrorista do Hamas e garantir a paz em Israel e em nossa região", escreveu Netanyahu no X.
Special Envoy to the Middle East Steve Witkoff got it right.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) July 25, 2025
Hamas is the obstacle to a hostage release deal. Together with our U.S. allies, we are now considering alternative options to bring our hostages home, end Hamas’s terror rule, and secure lasting peace for Israel and…
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também comentou sobre as negociações de cessar-fogo e concordou que "o Hamas não quer chegar a um acordo".
Trump fez as declarações à imprensa na Casa Branca um dia após Steve Witkoff anunciar que o governo dos EUA decidiu retirar sua equipe negociadora de Doha e enviá-la a Israel para consultas, após a última proposta do Hamas.
Netanyahu ordenou que a delegação israelense retornasse a Israel para consultas, após mais de duas semanas de intensas negociações em Doha.
"O time de negociadores israelenses continuará as consultas sobre a proposta de cessar-fogo em Israel, após a resposta do Hamas na manhã de quinta-feira", informou o Gabinete do Primeiro-Ministro.
Witkoff declarou: "Decidimos trazer nossa equipe de Doha para consultas, após a última resposta do Hamas, que demonstra claramente sua falta de disposição em alcançar um cessar-fogo em Gaza".
"Embora os mediadores tenham feito um grande esforço, o Hamas não parece estar coordenado nem agir de boa-fé. Agora consideraremos alternativas para trazer os reféns de volta e tentaremos criar um ambiente mais estável para a população de Gaza."
"É lamentável que o Hamas tenha agido de maneira tão egoísta. Estamos determinados a buscar o fim deste conflito e uma paz duradoura em Gaza", concluiu Witkoff.
Enquanto isso, altos comandantes das IDF informaram que Israel se prepara para aumentar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, incluindo a retomada da entrega de alimentos por via aérea. A Jordânia também se prepara para lançar alimentos por ar em Gaza.
As IDF afirmam que o controle civil e administrativo do Hamas foi prejudicado na Operação Carros de Gideão e, consequentemente, o braço militar da organização terrorista também foi afetado. Em Israel, estão sendo adotadas medidas para impedir que a ajuda humanitária chegue ao Hamas, como o fechamento da rota vinda do Egito e a criação de um sistema que permita a Israel controlar a entrada de auxílio de organizações internacionais e da ONU.
Atualmente, 75% da Faixa de Gaza está sob controle das IDF, e a população palestina — que inclui mais de 2 milhões de pessoas — vive nos 25% restantes. Isso gera uma forte pressão em Gaza, agravando e complicando ainda mais a situação humanitária.
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