Netanyahu: 'Estamos considerando opções alternativas para trazer os reféns de volta para casa'

O Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visita o local onde um míssil balístico disparado do Irã atingiu e causou danos no Instituto Weizmann em Rehovot, em 20 de junho de 2025. (crédito da foto: ITAI RON/POOL)

Trump afirmou que "o Hamas não quis fazer um acordo” em declaração à imprensa na Casa Branca

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira que Israel e os Estados Unidos estão considerando alternativas para o retorno dos reféns, informou o The Jerusalem Post.

"O enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, tem razão: o Hamas é o obstáculo para a libertação dos reféns. Junto com nossos aliados americanos, estamos considerando alternativas para trazer nossos reféns para casa, pôr fim ao regime terrorista do Hamas e garantir a paz em Israel e em nossa região", escreveu Netanyahu no X.


O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também comentou sobre as negociações de cessar-fogo e concordou que "o Hamas não quer chegar a um acordo".

Trump fez as declarações à imprensa na Casa Branca um dia após Steve Witkoff anunciar que o governo dos EUA decidiu retirar sua equipe negociadora de Doha e enviá-la a Israel para consultas, após a última proposta do Hamas.

Netanyahu ordenou que a delegação israelense retornasse a Israel para consultas, após mais de duas semanas de intensas negociações em Doha.

"O time de negociadores israelenses continuará as consultas sobre a proposta de cessar-fogo em Israel, após a resposta do Hamas na manhã de quinta-feira", informou o Gabinete do Primeiro-Ministro.

Witkoff declarou: "Decidimos trazer nossa equipe de Doha para consultas, após a última resposta do Hamas, que demonstra claramente sua falta de disposição em alcançar um cessar-fogo em Gaza".

"Embora os mediadores tenham feito um grande esforço, o Hamas não parece estar coordenado nem agir de boa-fé. Agora consideraremos alternativas para trazer os reféns de volta e tentaremos criar um ambiente mais estável para a população de Gaza."

"É lamentável que o Hamas tenha agido de maneira tão egoísta. Estamos determinados a buscar o fim deste conflito e uma paz duradoura em Gaza", concluiu Witkoff.

Enquanto isso, altos comandantes das IDF informaram que Israel se prepara para aumentar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, incluindo a retomada da entrega de alimentos por via aérea. A Jordânia também se prepara para lançar alimentos por ar em Gaza.

As IDF afirmam que o controle civil e administrativo do Hamas foi prejudicado na Operação Carros de Gideão e, consequentemente, o braço militar da organização terrorista também foi afetado. Em Israel, estão sendo adotadas medidas para impedir que a ajuda humanitária chegue ao Hamas, como o fechamento da rota vinda do Egito e a criação de um sistema que permita a Israel controlar a entrada de auxílio de organizações internacionais e da ONU.

Atualmente, 75% da Faixa de Gaza está sob controle das IDF, e a população palestina — que inclui mais de 2 milhões de pessoas — vive nos 25% restantes. Isso gera uma forte pressão em Gaza, agravando e complicando ainda mais a situação humanitária.

Postar um comentário

0 Comentários