Trump impõe condições e força negociação entre Camboja e Tailândia

Donald Trump mediou para que os líderes do Camboja e da Tailândia iniciem negociações para um cessar-fogo. (Foto: EFE/EPA/BONNIE CASH / POOL)

A rivalidade entre Tailândia e Camboja se estende há décadas por áreas de fronteira mal demarcadas ao longo de 817 km


O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (26) que os líderes do Camboja e da Tailândia concordaram em iniciar negociações para um cessar-fogo após três dias de intensos combates na fronteira entre os dois países asiáticos.

Durante sua visita à Escócia, Trump revelou nas redes sociais que conversou com o primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, e com o premiê interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai. O republicano teria alertado que os EUA não firmariam acordos comerciais com nenhuma das nações enquanto o conflito persistisse. Segundo Trump, "ambas as partes estão buscando um cessar-fogo imediato e paz" — conforme noticiou a Folha de S.Paulo.

O conflito, que já deixou mais de 30 mortos e mais de 130 mil deslocados, é o pior enfrentamento entre os vizinhos do Sudeste Asiático nos últimos 13 anos. Os combates tiveram início após a morte de um soldado cambojano em maio, e desde então vêm escalando, com novas trocas de tiros registradas neste sábado. "Quando tudo estiver concluído, e a paz estiver ao alcance, estou ansioso para concluir nossos acordos comerciais com ambos", declarou o presidente, de acordo com a Folha de S.Paulo.

Disputa histórica


A rivalidade entre Tailândia e Camboja se estende há décadas por áreas de fronteira mal demarcadas ao longo de 817 km. Os antigos templos hindus de Ta Moan Thom e Preah Vihear, este último reconhecido como patrimônio mundial pela Unesco em 2008, estão no centro das disputas territoriais.

Embora a Corte Internacional de Justiça tenha atribuído o templo de Preah Vihear ao Camboja em 1962, a tensão reacendeu após o país tentar registrar o local como patrimônio da humanidade. O episódio resultou em confrontos prolongados e dezenas de mortes.

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