Hamas afirma que não depõe armas até que Estado palestino seja estabelecido

O refém israelense Keith Siegel sendo entregue a representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) por combatentes do grupo terrorista Hamas, no porto de Gaza, na Cidade de Gaza, em 1º de fevereiro de 2025. (Foto: EFE/EPA/MOHAMMED SABER)

Israel, por sua vez, exige cumprir seus objetivos de guerra em Gaza para concluir sua ofensiva sobre o enclave


O grupo terrorista Hamas afirmou neste sábado (2) que não se desarmará até que um Estado palestino que inclua Jerusalém como sua capital seja estabelecido. A declaração vem após o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, afirmar que os terroristas estavam pronto para depor as armas.

"Reiteramos que a resistência e suas armas são um direito nacional e legal enquanto a ocupação (israelense) persistir", afirmou o Hamas em um comunicado. "Não podemos abandoná-lo até que nossos direitos nacionais sejam plenamente restabelecidos, o principal deles o estabelecimento de um Estado palestino independente e plenamente soberano com Jerusalém como sua capital", afirmaram em resposta às declarações atribuídas pela imprensa israelense a Witkoff.

A informação sobre a possível deposição de armas por parte do Hamas veio após um encontro de Witkoff com as famílias dos reféns em Gaza. Na ocasião, o enviado americano garantiu que "o Hamas disse que está pronto para se desmilitarizar" e que "vários governos árabes estão exigindo que o Hamas se desmilitarize", de acordo com áudios aos quais o jornal israelense "Haaretz" teve acesso.

A Witkoff é atribuída a última proposta de cessar-fogo para a Faixa de Gaza que Israel e Hamas negociavam até que as conversas estagnaram há semanas.

A trégua em questão incluía é um cessar-fogo temporário de 60 dias na qual os terroristas deveriam libertar dez reféns vivos e cerca de 18 mortos em Gaza. A partir disso, ambos deveriam negociar o fim definitivo da guerra iniciada em 7 de outubro de 2023.

Israel retirou sua delegação de negociação de Doha, Catar, afirmando que os terroristas não tinham vontade de negociar, algo replicado pelos Estados Unidos.

Segundo a imprensa israelense, o Hamas endureceu suas exigências durante os últimos dias das negociações, pedindo um número de prisioneiros palestinos a serem libertados em troca dos reféns em Gaza superior ao esperado.

Israel, por sua vez, exige cumprir seus objetivos de guerra em Gaza para concluir sua ofensiva sobre o enclave. O objetivo principal é destruir as capacidades de governo e combate do Hamas.

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