Netanyahu assina plano para expandir assentamento E1 e anuncia: 'Não haverá Estado palestino'

Vista da área do projeto E1 planejado entre Jerusalém e Ma'ale Adumim, vista em 21 de agosto de 2025. (Jamal Awad/Flash90)

"Este lugar nos pertence. Protegeremos nossa herança, nossa terra e nossa segurança. Vamos dobrar a população da cidade"

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assinou nesta quinta-feira (11) um acordo que dá prosseguimento ao plano de construção de 3,4 mil novas unidades habitacionais no assentamento judaico de Ma’aleh Adumim, localizado na Cisjordânia.

No mês passado, o projeto E1 — que dividiria a Cisjordânia e a isolaria de Jerusalém Oriental — recebeu a aprovação final de planejamento. A cerimônia de assinatura desta quinta-feira foi em grande parte simbólica, mas permitiu que as autoridades seguissem adiante com as obras.

"Vamos cumprir a promessa de que não haverá um Estado palestino", disse Netanyahu durante visita ao assentamento nesta quinta-feira, segundo informações do jornal The Times of Israel.

"Este lugar nos pertence. Protegeremos nossa herança, nossa terra e nossa segurança. Vamos dobrar a população da cidade", acrescentou o premiê.

Quando o governo de Israel deu sinal verde para o projeto, no mês passado, o ministro das Finanças e colono israelense, Bezalel Smotrich, disse que a expansão do assentamento "apaga na prática a ilusão dos dois Estados".

"O Estado palestino está sendo apagado da mesa não com slogans, mas com ações. Cada assentamento, cada bairro, cada moradia é um novo prego no caixão desta ideia perigosa", disse Smotrich.

A ONG israelense Peace Now afirmou que o plano é "mortal para o futuro de Israel e para qualquer chance de alcançar uma solução pacífica de dois Estados".

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