Israel aprova primeira fase de plano de paz; cessar-fogo deve começar imediatamente

O Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversa com o enviado especial do Presidente dos EUA, Donald Trump, para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o genro do presidente, Jared Kushner, durante reunião do gabinete de segurança de Israel em Jerusalém (Foto: Maayan Toaf/Gabinete de Imprensa do Governo de Israel/EFE/EPA)

Dentro de 72 horas após esse deslocamento, os reféns serão libertados – estima-se que apenas 20 dos 48 que permanecem retidos em Gaza estejam vivos


O gabinete de segurança de Israel aprovou na madrugada desta sexta-feira (10, horário local) a primeira fase do plano de paz apresentado pelos Estados Unidos para encerrar a guerra de dois anos contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Com essa aprovação, um cessar-fogo deve entrar em vigor imediatamente, segundo autoridades de Israel relataram à emissora americana CNN.

Na noite de quarta-feira (8), o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia anunciado que foi fechado um acordo para implementar a primeira fase do seu plano de paz, que prevê a libertação de todos os reféns que seguem no enclave palestino e a retirada parcial das tropas israelenses.

De acordo com um mapa divulgado por Trump na rede Truth Social na semana passada, após a aprovação do gabinete de segurança de Israel, as forças israelenses deverão recuar para a chamada linha amarela dentro de 24 horas, para que haja a troca dos reféns por prisioneiros palestinos.

Dentro de 72 horas após esse deslocamento, os reféns serão libertados – estima-se que apenas 20 dos 48 que permanecem retidos em Gaza estejam vivos. Trump disse que os reféns devem ser libertados entre segunda (13) e terça-feira (14).

Mais cedo nesta quinta-feira (9), o Hamas já havia anunciado o fim da guerra.

"Hoje anunciamos que o acordo foi alcançado para encerrar a guerra e a agressão contra nosso povo, e para começar a implementar um cessar-fogo permanente e a retirada das forças de ocupação", disse Khalil al-Hayya, chefe de negociações do Hamas, em um pronunciamento.

Antes da reunião do gabinete de segurança, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, da ala mais à direita da coalizão do premiê Benjamin Netanyahu, disse que votaria contra a proposta dos EUA e que seu partido, Otzma Yehudit, "derrubará o governo" se o plano permitir que o Hamas "continue a existir sob um disfarce diferente".

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