Israel envia delegação ao Egito para negociar acordo de paz nesta segunda-feira

O Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu observa enquanto fala com repórteres, no dia de seu discurso em uma reunião conjunta do Congresso no Capitólio dos EUA, em Washington, EUA, em 24 de julho de 2024. REUTERS/Craig Hudson/Foto de arquivo

"A delegação partirá amanhã para as negociações que serão realizadas em Sharm el-Sheikh, Egito", afirmou o gabinete de Netanyahu


O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo (5) que o país enviará ao Egito uma delegação para debater o cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Liderada pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, a comitiva se deslocará até Sharm el-Sheikh para encontrar o chefe negociador do grupo islâmico palestino Hamas, Khalil al-Hayya, além de uma delegação americana liderada pelo enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, bem como altos negociadores de Egito e Catar.

Será discutido na reunião entre eles o plano de 20 pontos elaborado pelos Estados Unidos, que propõe o fim imediato da guerra, a libertação dos reféns do Hamas e a formação de um governo de transição para Gaza, supervisionado por Donald Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.

"A delegação partirá amanhã para as negociações que serão realizadas em Sharm el-Sheikh, Egito", afirmou o gabinete de Netanyahu em comunicado divulgado à imprensa.

De Gaza, o chefe do Estado-Maior do Exército, Eyal Zamir, assegurou hoje a soldados, durante um exercício militar no corredor de Netzarim – ao sul da cidade de Gaza –, que as tropas devem estar prontas para qualquer imprevisto, apesar das negociações.

"Devemos nos manter alertas e prontos para a defesa, e estar preparados para reiniciar o combate a qualquer momento", declarou Zamir, que acrescentou que, mesmo que se chegue a um acordo, as tropas manterão "o controle operacional sobre as áreas avançadas, o que permitirá plena liberdade operacional e a capacidade de retornar a qualquer lugar".

Ontem, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que Israel havia concordado com uma "linha de retirada inicial" para a qual as tropas em Gaza se recolheriam, e que a compartilhou com o Hamas, conclamando o grupo palestino a aceitá-la.

A proposta também contempla a desmilitarização da Faixa de Gaza e a possibilidade de negociar, no futuro, um Estado palestino, algo descartado, no entanto, pelo premiê israelense.

Postar um comentário

0 Comentários