Ataques russos no noroeste da Síria deixam 11 mortos, incluindo 6 civis

Vista aérea da província de Idlib, no noroeste da Síria | Omar Haj Kadour/AFP

Pelo menos 30 civis ficaram feridos nos ataques que ocorreram no território controlado pelos rebeldes na província de Idlib

De acordo com um monitor de guerra, os ataques aéreos russos neste domingo (25) resultaram na morte de pelo menos 11 pessoas, incluindo seis civis, na parte noroeste da Síria controlada pelos rebeldes.

O ataque ocorreu em retaliação aos ataques mortais de drones, os quais foram atribuídos às forças rebeldes.

"Seis civis foram mortos em Jisr al-Shughur e três combatentes rebeldes foram mortos nas proximidades, devido aos ataques aéreos russos", informou Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, à AFP.

Ahmed Yezidi, membro da Defesa Civil em Jisr al-Shughur, uma cidade na província de Idlib controlada pelos rebeldes, relatou que os ataques resultaram na morte de nove pessoas. Ele não especificou se os combatentes estavam incluídos nesse número. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos e um correspondente da AFP no local, um mercado de frutas e verduras da cidade foi atingido pelo ataque russo.

Yezidi descreveu o ataque como "um ataque direto ao mercado popular, que é uma fonte fundamental de renda para os agricultores" da região.

Um civil e um combatente rebelde também foram mortos em um ataque nos arredores da cidade de Idlib, afirmou Abdel Rahman, cujo monitor, com sede no Reino Unido, possui uma ampla rede de fontes dentro da Síria devastada pela guerra. Pelo menos 30 civis ficaram feridos nos ataques de domingo, de acordo com ele, e o número de vítimas provavelmente aumentará.

As forças russas, que apoiam o regime do presidente sírio Bashar al-Assad, estavam respondendo a ataques de drones rebeldes na semana passada, que resultaram na morte de quatro civis, incluindo duas crianças, conforme relatado por Abdel Rahman. Com o apoio russo e iraniano, Damasco conseguiu recuperar grande parte do território perdido durante os estágios iniciais do conflito na Síria, que começou em 2011, quando o governo reprimiu violentamente os protestos pró-democracia.

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