Protestos contra reforma judicial em Israel

Milhares de israelenses protestam contra a revisão judicial, no entroncamento Azrieli em Tel Aviv | Avshalom Sassoni/Flash90

Manifestantes se dirigem a várias cidades de Israel com o objetivo de protestar em frente às residências dos ministros da coalizão, planejando intensificar suas ações na próxima semana

Manifestantes contrários à proposta de reforma judicial do governo israelense anunciaram seus planos de realizar protestos nas residências de vários legisladores em Israel nesta sexta-feira (30), e estão ampliando suas ações planejadas para a próxima semana.

Na manhã desta sexta-feira, manifestantes se reuniram em frente às residências do ministro da Economia, Nir Barkat, em Jerusalém, do ministro da Defesa, Yoav Gallant, em Amikam, do ministro da Agricultura, Avi Dichter, em Ashkelon, e do ministro da Justiça, Yariv Levin, em Modi'in.

Ao longo do dia, estão programadas outras manifestações direcionadas ao Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, ao ministro da Educação Yoav Kish, ao presidente do Knesset, Amir Ohana, e ao ministro dos Assuntos da Diáspora, Amichai Chikli.

Israelenses protestam contra a reforma judicial planejada em Tel Aviv | Avshalom Sassoni/Flash90
Israelenses protestam contra a reforma judicial planejada em Tel Aviv | Avshalom Sassoni/Flash90

Além disso, os movimentos de protesto uniram-se à parada do orgulho LGBTQ em Mitzpe Ramon na manhã de sexta-feira. No início desta semana, foi divulgado que os manifestantes contra a reforma judicial intensificariam suas ações a partir da noite de sábado.

Os líderes do protesto planejaram manifestações em aproximadamente 150 locais em todo Israel, com um evento central programado para ocorrer na Kaplan Street, em Tel Aviv. Na segunda-feira, está prevista uma manifestação no terminal 3 do Aeroporto Ben-Gurion, às 17h30.

Em uma entrevista ao Wall Street Journal transmitida na quinta-feira, o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que havia "retirado" a cláusula de substituição, que permitiria ao parlamento legislativo anular uma decisão da Suprema Corte por maioria simples.

Além disso, Netanyahu também afirmou que a parte da legislação que concederia à coalizão mais poder na nomeação de juízes também seria revisada. Ele declarou ao Wall Street Journal: "Estou atento ao pulso do público e ao que acho que vai passar".

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