Turquia apoia candidatura da Suécia à OTAN em troca da adesão à UE, afirma Erdogan

Presidente turco Recep Tayyip Erdogan | Nedim Enginsoy, Arquivo/AP Photo

Em 1999, a Turquia se tornou um país candidato à UE. No entanto, as negociações foram interrompidas em 2016 devido às preocupações europeias com as violações dos direitos humanos por parte da Turquia

Nesta segunda-feira (10), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Ancara apoiaria a candidatura da Suécia à OTAN, desde que a União Europeia retomasse as negociações de adesão com o país, noticiou o canal i24NEWS.

Estas declarações vêm antes de uma cúpula da OTAN na capital da Lituânia, Vilnius. Erdogan deve se reunir ainda hoje em Vilnius com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.

O líder turco enfatizou que os mesmos líderes que estavam bloqueando a adesão da Turquia à União Europeia estavam agora buscando seu apoio à candidatura da Suécia à OTAN. No entanto, ele expressou sua oposição anteriormente, citando o apoio de Estocolmo aos militantes curdos como um motivo para sua objeção.

"Quase todos os membros da OTAN também são membros da União Europeia. Agora estou me dirigindo a esses países que fizeram a Turquia esperar por mais de 50 anos, e vou expressar novamente essa mensagem em Vilnius", declarou Erdogan em um discurso transmitido pela televisão.

"Primeiro, abra o caminho para a adesão da Turquia à União Europeia, e depois vamos abri-lo para a Suécia, assim como abrimos para a Finlândia", enfatizou.

Erdogan acrescentou que "foi isso que eu disse" ao presidente dos EUA, Joe Biden, quando os dois líderes conversaram por telefone no domingo.

Em 1999, a Turquia se tornou um país candidato à UE e, em 2005, deu início formalmente às negociações de adesão ao bloco. No entanto, as negociações foram interrompidas em 2016 devido às preocupações europeias com as violações dos direitos humanos por parte da Turquia.

"Gostaria de destacar uma realidade: a Turquia tem esperado na porta da frente da UE por 50 anos", afirmou Erdogan, acrescentando que ele repetirá a mesma exigência em Vilnius.

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