Catar realiza reuniões bilaterais com Irã e EUA à margem da AGNU

Presidente iraniano do Irã, Ebrahim Raisi, discursa na 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, Estados Unidos | Frank Franklin II/AP

O Catar, um país rico do Golfo Árabe com ambições diplomáticas, está intensificando seus esforços para persuadir Washington e Teerã a participarem de negociações mais amplas e alcançarem "entendimentos"

Nesta semana, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o Catar realizou reuniões bilaterais separadas com os Estados Unidos e o Irã para discutir o programa nuclear de Teerã e as preocupações de Washington relacionadas à aquisição de drones iranianos pela Rússia, conforme informaram fontes na quarta-feira (20).

Como um país rico do Golfo Árabe com ambições diplomáticas, o Catar está pressionando ambos os lados a se envolverem em mais negociações e alcançarem "entendimentos", conforme relatado por fontes à Reuters.

Elas destacaram que as reuniões não seguiram o mesmo padrão de "diplomacia de vaivém" realizada por Doha neste ano, durante a qual diplomatas catarianos atuaram como intermediários entre as duas partes, culminando na recente troca de prisioneiros entre os Estados Unidos e o Irã no início desta semana.

Uma fonte, um diplomata do Oriente Médio bem informado sobre o assunto, mencionou que estão planejadas outras reuniões bilaterais para esta semana, embora não tenha fornecido detalhes específicos. O diplomata caracterizou as reuniões em Nova York como "conversas preliminares", enfatizando que o propósito é criar uma base sólida para futuras discussões indiretas, com o objetivo de alcançar uma "compreensão mútua" sobre a questão nuclear.

Washington suspeita que o programa nuclear do Irã possa visar o desenvolvimento de armas nucleares e alega que a República Islâmica forneceu drones de ataque à Rússia para uso em sua guerra com a Ucrânia, acusações que Teerã nega.

Os esforços para reviver o acordo nuclear com o Irã, do qual os Estados Unidos se retiraram em 2018, falharam, e muitos diplomatas agora o consideram irrevogável devido aos avanços nucleares de Teerã.

*Com informações do i24NEWS

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