OVNIs chegam ao Congresso do México: cientistas e pilotos contam suas experiências com 'fenômenos anômalos'

Jaime Maussan apresenta o corpo de um suposto ser "não-humano" de Nazca, no dia 12 de setembro, em audiência no Congresso | Foto: CUARTOSCURO | Vídeo: RR. SS

Especialistas de várias nações instam os governos a compartilhar suas informações sobre inteligência e tecnologia não-humana visando impulsionar o avanço da ciência e do conhecimento

Os OVNIs estão ocupando o espaço público em vários países. São tantas as observações que afirmam ter documentado de fenômenos anormais nunca antes vistos que os especialistas estão se dirigindo aos governos para que compartilhem essa informação com os cientistas e a sociedade, a fim de extrair dela toda a sua utilidade "para o avanço do conhecimento". "Não estamos sozinhos", foi ouvido no Congresso mexicano nesta terça-feira (12), durante uma audiência pública que reuniu pesquisadores dessas observações de vários países. Essas estranhas aparições estão muito na moda ultimamente.

Pilotos e controladores de tráfego aéreo, que se dizem testemunhas privilegiadas, mas também astrônomos de universidades como Harvard e especialistas e políticos do Japão, Argentina, França, Brasil e Peru deixaram seus testemunhos, nos quais destacam a "frustração, o assédio e as ameaças" recebidas por aqueles que se atrevem a comunicar essas descobertas inexplicáveis no espaço aéreo ou na superfície do mar, entre outros lugares.

Os americanos tiveram uma participação destacada, com o ex-piloto Ryan Graves à frente, que já participou de audiências parlamentares semelhantes nos Estados Unidos, onde foi solicitado o mesmo: que os cidadãos tenham seu direito de acesso aos documentos das autoridades cumprido e que se aborde o perigo que os aviões comerciais e da Força Aérea enfrentam devido a esses objetos "de estranha tecnologia e composição", que desafiam, segundo eles, as leis da física conhecidas.

Jaime Maussan Flota, um conhecido ufólogo e diretor do programa Tercer Milenio, foi encarregado de conduzir esta audiência pública no Congresso. Um colega de sua época de estudante costumava ligar para ele e dizer: "Você sabe que aqui, na torre de controle, todos riem de você?". Isso foi há muito tempo, até que as ligações do amigo mudaram de tom: "O que diabos está acontecendo? Esses objetos estão se movendo por toda parte, o que fazemos? Temos eles no radar."

O próprio Maussan contou para apresentar seu amigo Enrique Kolbeck Vergara, com 48 anos de experiência como piloto e controlador de tráfego aéreo, que detalhou quatro eventos sem aparente explicação terrestre ocorridos no México e que afetaram gravemente a navegação comercial. O caso de Mazatlán, em 1975, quando 13 aeronaves estavam voando e uma delas foi interceptada por um objeto voador não identificado que a obrigou a mudar de rota. A presença e proximidade foram tão marcantes que, praticamente, essa nave "acompanhou o avião até aterrissar. Todo mundo viu", afirmou.

Em julho de 1994, Kolbeck continuou diante dos congressistas e convidados e relatou que um avião da Aeroméxico, que havia partido de Guadalajara, recebeu a visita de dois objetos e sofreu um impacto no trem principal. Na torre de controle, várias pessoas relacionadas à aeronáutica ligaram 30 minutos antes informando que haviam visto o fenômeno sobre o céu do World Trade Center na capital do México. "O radar não detectava, mas a nave poderia ter caído na Avenida Insurgentes, uma das mais importantes da cidade", explicou o controlador.

O terceiro caso, conforme relatado, ocorreu em Morelia em outubro de 2002: uma "interferência ilícita" em termos de navegação aérea apareceu na cabeceira da pista 23 e impediu a decolagem de um avião. "Pilotos e controladores viram objetos de aparência metálica de 20 metros de diâmetro subindo e descendo lentamente, eram 15 ou 20. Os bombeiros também perceberam, assim como as pessoas, e foi relatado", afirmou Kolbeck. O piloto, quando finalmente conseguiu decolar, com nervosismo e medo, alertou a torre de que "quase tinha colidido com algumas esferas ao sair".

O grupo de especialistas que falou perante o Congresso nesta terça-feira | Câmara Dos Deputados
O grupo de especialistas que falou perante o Congresso nesta terça-feira | Câmara Dos Deputados

Finalmente, o controlador relatou como uma patrulha da Força Aérea Mexicana, envolvida em operações de combate ao narcotráfico e detecção de pistas clandestinas, equipada com tecnologia de radar de ponta e equipamentos de detecção de calor, avistou um objeto voador que sobrevoava o Golfo. Eles "interceptaram o avião, o cercaram e o acompanharam em uma operação que durou 30 minutos". "Isso não é mito nem lenda; fenômenos desse tipo estão comprometendo a segurança do espaço aéreo com tecnologias muito superiores e desconhecidas. São naves que aparentemente têm um propósito de navegação determinada, que manobram de maneira diferente do que é conhecido, aparecem e desaparecem, e estão violando leis e regulamentos", alertou o homem que costumava zombar dos ufólogos de sua torre.

Os OVNIs de toda a vida agora são chamados de Fenômenos Anômalos Não Identificados (Uaps, sigla em inglês; ou Fanis, em português), e o interesse por eles não é apenas da sociedade, que já solicitou informações ao Instituto de Transparência (INAI), do qual um de seus membros também participou da audiência no Congresso. Preocupa e também interessa aos pilotos, como foi demonstrado, e a alguns cientistas. O astrofísico Avi Loeb, da Universidade de Harvard em Boston, participou via videoconferência e afirmou: "É arrogante pensar que estamos sozinhos no universo; provavelmente a existência desses seres é anterior à presença humana na Terra". Loeb lidera o projeto Galileo e mencionou a existência "documentada" de produtos criados por extraterrestres, que foram detectados com microfones acústicos, câmeras infravermelhas e observações climáticas. Ele falou sobre um objeto lançado por uma força misteriosa e "impulsionado pela luz solar. É impossível imaginar isso. Com cerca de um metro e meio de tamanho, colidiu com a Terra em 2014, movendo-se 95% mais rápido do que as estrelas e era feito de um material muito resistente". Após a colisão, foram encontradas 700 esferas metálicas de berílio, lantânio e urânio, a mesma liga detectada em todo o percurso do meteoro desde fora do sistema solar. Loeb pediu aos governos que compartilhassem essa informação, afirmando que seria útil para o progresso.

O congressista japonês Yoshiharu Asakawa também fez sugestões semelhantes, expressando preocupação com a falta de transparência em seu país em relação a esse assunto e as dificuldades que ele mesmo enfrentou ao tentar discutir essas questões no âmbito político. Ele apontou para a "grande presença de OVNIs sobre o Japão". No Brasil, os fenômenos também são numerosos e singulares, como explicaram. Rony Tadeu Vernet, do Centro Brasileiro de Investigação Física, relatou alguns desses fenômenos, ainda mantidos em sigilo pelos militares, e pediu que o mundo os observe "livre de estigmas sociais e religiosos". O japonês acrescentou que este é um tema global.

O deputado Sergio Gutiérrez Luna, que presidiu a sessão parlamentar mexicana, pediu aos participantes antes de começar que se levantassem e jurassem dizer a verdade. Em seguida, Jaime Maussan assumiu a liderança, contando como nos Estados Unidos, tanto democratas quanto republicanos, impulsionaram a iniciativa no Congresso, onde foram revelados eventos singulares para os quais a ciência não tem explicação. "Isso não é uma questão partidária, mas uma questão da humanidade que deve nos unir, não nos separar". Durante a sessão, foram exibidos vídeos gravados pelas forças aéreas mexicanas em 2004, nos quais as câmeras infravermelhas dos aviões captaram 11 objetos voadores que pareciam bolas de luz, a 160 quilômetros da costa do Pacífico. "Não estamos sozinhos. Que coisa estranha", dizem os pilotos. Maussan apresentou algumas estatísticas-chave que, segundo ele, tornam impossível ignorar a existência de vida extraterrestre, sua inteligência e possível interesse em nosso planeta: "Existem trilhões de galáxias no universo, e cada uma delas tem 100 bilhões de estrelas, e pelo menos um planeta em cada uma delas. Portanto, estamos falando de 100 sextilhões de planetas. Devemos ter a coragem de aceitar que inteligências do mais profundo do universo nos visitam. Não estamos sozinhos; devemos avançar em direção a um destino que nos levará às profundezas do cosmos."

A nota curiosa do dia foi dada por alguns cientistas que apresentaram as múmias de Nazca (Peru), sendo duas delas exibidas no Congresso, para deleite dos fotógrafos. Os participantes observaram que o DNA desses corpos, preservados com terra diatomácea, apresenta uma "diferença de 30% em relação ao material genético humano", o que, segundo eles, evidencia que pertencem a outra espécie. A descoberta desses corpos, datados pelo carbono-14 com mais de 1.000 anos de idade, é um dos mistérios que divide a comunidade científica. Os supostos corpos têm uma aparência humanoide, mas suas mãos e pés possuem três dedos, ossos resistentes e leves, falta de dentes e visão estereoscópica, características semelhantes às das aves. Com pescoço retrátil e ligado ao centro de uma cabeça grande, a curiosidade desses seres é que alguns deles contêm ovos com embriões em seu interior, de acordo com os especialistas no Congresso. Outra descoberta que acrescenta ao mistério são implantes de cádmio e ósmio, este último sendo um material caro, raro e denso, atualmente usado em telecomunicações e satélites. Para maior estranheza, suas impressões digitais não são arredondadas, mas apresentam linhas retas horizontais. "Se são extraterrestres ou não, não sabemos, mas eram inteligentes e viveram entre nós. Devemos reescrever a história", concluiu Maussan.

*Com informações das agências internacionais

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