'Guerra pode durar meses, mas ao final não haverá Hamas', diz ministro da Defesa de Israel

O ministro da Defesa Yoav Gallant (centro) é visto no centro de comando da IAF em Tel Aviv, em 22 de outubro de 2023 | Ariel Hermoni/Ministério da Defesa

Escalada de tensão na região aumenta com advertência israelense ao grupo terrorista libanês Hezbollah e dos aliados americanos ao Irã

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, diz que a próxima ofensiva terrestre de Israel na Faixa de Gaza poderá durar três meses, mas será a última se o país conseguir eliminar o grupo terrorista Hamas.

"Esta deve ser a última manobra [terrestre] em Gaza, pela simples razão de que depois dela não haverá Hamas. Levará um mês, dois meses, três, mas no final não haverá Hamas", disse Gallant no centro de comando da Força Aérea Israelense em Tel Aviv, neste domingo (22), segundo o site The Times of Israel.

"Antes de o inimigo enfrentar as forças blindadas e de infantaria, ele enfrentará as bombas da Força Aérea", continuou Gallant. "Tenho a impressão de que vocês sabem fazer isso de forma letal, precisa e de altíssima qualidade, como foi comprovado até agora."

O último fim de semana de guerra no Oriente Médio foi marcado pela intensificação dos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza, enquanto o país se prepara para uma incursão terrestre.

O território palestino está privado de produtos básicos desde 9 de outubro, quando Israel decretou o cerco total à região. No sábado (21), um funcionário da passagem fronteiriça de Rafah informou que seis caminhões-tanque com combustíveis entraram em Gaza, segundo a rede de notícias AFP. Mas o Exército israelense nega a informação.

O conflito começou no dia 7 de outubro, com um ataque sem precedentes do grupo terrorista Hamas a Israel, que registra mais de 6.000 mortos.

Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, 18 de outubro de 2023 | Foto: Miriam Alster/Pool via REUTERS
Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, 18 de outubro de 2023 | Foto: Miriam Alster/Pool via REUTERS

Com a escalada de tensão na região, que inclui o apoio do grupo terrorista libanês Hezbollah ao Hamas, o discurso do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, subiu um tom, advertindo também o vizinho ao norte.

"Nós atacaríamos com uma força que não podem sequer imaginar, e isso seria devastador", afirmou, também neste domingo, quando Israel evacuou mais 14 comunidades ao norte e derrubou três drones dos terroristas libaneses próximo à fronteira.

Uma região do Egito, ao sul de Rafah, também teve feridos leves após ter sido atacada por engano pelos israelenses no mesmo dia.

Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos anunciou que reforçará seu dispositivo militar na área para evitar um conflito generalizado e pediu que os funcionários de sua embaixada no Iraque voltem ao país, informou a AFP.

Os americanos mandaram ainda uma mensagem ao Irã, aliado histórico do Hamas. Durante uma visita a Tel Aviv, o senador Lindsey Graham disse que, se o grupo terrorista matar reféns em Gaza, os EUA culparão Teerã, de acordo com o Jerusalem Post.

"Estamos aqui hoje para dizer ao Irã que estamos observando vocês. Se essa guerra crescer, ela chegará ao seu quintal."

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