Mulheres palestinas e israelenses marcham pela paz em Jerusalém

Mulheres do movimento 'Mulheres Pela Paz' participam de um protesto contra o "Acordo do Século" do presidente dos EUA, Donald Trump, em Tel Aviv, em 18 de junho de 2020 | Crédito da foto: Tomer Neuberg/Flash90

O grupo sediado em Israel, Women Wage Peace, co-patrocinou a marcha em parceria com o grupo palestino Women of the Sun

Mulheres palestinas e israelenses planejam unir forças na tarde desta quarta-feira (4) para marchar em prol da paz em Jerusalém e no Mar Morto, e para demandar a inclusão das vozes femininas na mesa de negociações.

Yael Admi, uma das fundadoras e líderes do grupo Women Wage Peace, sediado em Israel, e co-patrocinadora da marcha em parceria com o grupo palestino Women of the Sun, proclamou: "Chegou o momento de líderes corajosos construírem a esperança de um futuro melhor para nossos filhos."

Reem Hajajri, uma das fundadoras do grupo Women of the Sun, declarou: "Cada vez mais mulheres estão se unindo ao movimento, mulheres que almejam proteger seus filhos e impedir que eles se tornem as próximas vítimas."

Mulheres do movimento 'Mulheres pelo Paz' participam de um protesto em prol da paz, próximo às muralhas da Cidade Antiga de Jerusalém, em 14 de julho de 2022 | Yonatan Sindel/Flash90
Mulheres do movimento 'Mulheres pelo Paz' participam de um protesto em prol da paz, próximo às muralhas da Cidade Antiga de Jerusalém, em 14 de julho de 2022 | Yonatan Sindel/Flash90

"Começamos como um movimento com algumas mulheres isoladas, e agora somos milhares da Judeia, Samaria  e Gaza.

"Não nos contentamos mais em ficar em segundo plano e estamos determinadas a agir persistentemente para encerrar o ciclo de derramamento de sangue e alcançar a liberdade e uma vida justa e honrosa para as crianças palestinas e israelenses", declarou ela.

Políticos e diplomatas estrangeiros se juntam à marcha

Os grupos uniram mulheres e todas as vertentes políticas em prol da causa central da paz e estão exigindo a inclusão das mulheres no processo de construção da paz.

A marcha começou às 13h em Jerusalém, no Monumento da Tolerância, e seguiu por um quilômetro ao longo do Passeio Goldman, no bairro de Armon HaNatziv, em Jerusalém.

Às 15h30, ônibus levaram as mulheres para a região da praia Neveh Midbar, no Mar Morto, para uma série de eventos, incluindo um painel de paz e a instalação artística de Sigalit Landeau de uma mesa de paz vazia.

Diplomatas destacados em Israel, assim como políticos do exterior, participaram do evento, incluindo Stephanie Hallett, Encarregada de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, Sonya McGuinness, Embaixadora designada na Embaixada da Irlanda em Israel, e Viviane Teitelbaum, membro do parlamento regional da Bélgica e Vice-Presidente da European Women’s Lobby.

Eva Biaudet, membro do parlamento finlandês, disse que veio a Israel apenas para apoiar as corajosas mulheres israelenses e palestinas.

"Na Finlândia, minha geração não vivenciou a guerra", embora tenha visto "violência, mas no âmbito privado."

"Agora, quando vemos a guerra da Rússia contra a Ucrânia, percebemos como a paz é frágil", disse ela. É um lembrete de que "as mulheres precisam estar mais presentes na tomada de decisões."

Publicado originalmente em The Jerusalem Post (JP)

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