Como o Hamas segue atacando Israel apesar dos bombardeios à Faixa de Gaza

Divulgação/Telegram Hamas

Terroristas disparam foguetes contínuos em direção ao território israelense, mas a maioria é interceptada pelo Iron Dome

A guerra entre Israel e o Hamas já tem mais de um mês. Em 7 de outubro, o grupo terrorista palestino lançou um ataque-surpresa ao sul de Israel, onde realizou massacres e sequestrou reféns. O Estado judeu respondeu com bombardeios incessantes à Faixa de Gaza, que já deixaram mais de 10 mil mortos, e cerco total ao território palestino. Mas, ainda assim, o Hamas continua contra-atacando.

Veja a seguir cinco pontos, listados pelo jornal local Yediot Ahronot, para entender de que forma o Hamas resiste aos ataques israelenses:

O primeiro fator se deve aos locais de lançamento do Hamas, que consistem em numerosos poços. A quantidade exata desses lugares é desconhecida, mas, segundo o jornal, não seria uma surpresa tropeçar em um esconderijo de foguetes ao mover a folhagem na rua. Devido a esses poços, o Hamas é capaz de disparar mísseis para diversas partes de Israel, mesmo sendo constantemente atacado por toda a Faixa de Gaza. Segundo o Exército israelense, os militares já encontraram pontos de lançamento embaixo dos lugares mais inusitados, como uma mesquita e um parquinho para crianças.

O Hamas também tem uma vantagem, pois os reféns capturados pelo grupo terrorista estão abrigados nesses túneis. Dessa forma, o Exército precisa agir meticulosa e cautelosamente para não ferir nem matar essas vítimas. Segundo o último balanço das autoridades, ao menos 242 pessoas, entre israelenses e estrangeiros, estão sob custódia do grupo terrorista. Até esta quarta-feira (8), apenas quatro foram libertadas: as americanas Judith e Natalie Raanan, que são mãe e filha; e as israelenses Yocheved Lifschitz, de 85 anos, e Nourit Kuper, de 79.

Outro aspecto é que os ataques do Hamas acontecem de maneira independente da funcionalidade dos seus centros de comando. Para disparar uma barragem de foguetes, os terroristas só precisam de uma ordem e de um controle remoto. Dessa forma, os extremistas disparam facilmente foguetes contra Israel, sem a necessidade de esperar pela hierarquia do Hamas. Até mesmo mirar é uma tarefa desnecessária, uma vez que todo o processo está preparado.

O Hamas também adotou uma política de disparar uma quantidade relativamente pequena de foguetes em cada ataque e escolhe quando intensificar os lançamentos. Os terroristas sabem que até mesmo um único foguete lançado em locais específicos em Israel é suficiente para atrair a atenção da mídia. Segundo o jornal, o arsenal limitado é uma das razões pelas quais o grupo terrorista cavou túneis profundos e longos e estabeleceu infraestruturas que permitiriam aos seus membros resistir durante muito tempo.

A campanha na guerra entre Israel e o Hamas é outro fator importante a ser mencionado. O contínuo disparo de foguetes contra Israel é uma demonstração de força para os países árabes, ao mostrar que o Hamas está enfrentando o Exército israelense. Isso pode criar a ilusão de que o Hamas está afetando Israel, mesmo quando suas capacidades estão sendo destruídas. Segundo o jornal, "os dias do Hamas estão contados, pois suas forças estão sendo destruídas pelas IDF [Forças de Defesa de Israel]". Diante disso, resta ao grupo terrorista disparar foguetes continuamente.

Publicado originalmente em R7

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