Familiares de reféns em Gaza protestam em Jerusalém

Familiares e simpatizantes dos cerca de 240 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza na última etapa de uma manifestação de solidariedade de cinco dias pedindo seu retorno, de Tel Aviv ao gabinete do Primeiro-Ministro em Jerusalém, em 18 de novembro de 2023 | AP Photo/Leo Correa

"Pedimos apenas uma coisa: reúnam-se conosco, expliquem-nos"

Familiares de reféns israelenses raptados pelo grupo islâmico Hamas e que permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza se manifestaram neste sábado (18) em Jerusalém, em frente à residência do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acompanhados por milhares de pessoas e depois de marcharem durante cinco dias após sair da cidade de Tel Aviv.

Carregando bandeiras israelenses e inúmeros cartazes e camisetas com os rostos dos reféns, os familiares chegaram hoje a Jerusalém para pressionar pela libertação dos seus entes queridos mantidos em cativeiro em Gaza. "Agora, agora, em casa agora", foi o grito que resumiu a reivindicação dos familiares, que há 43 dias não têm notícias dos seus entes queridos e dizem estar cansados ​​de esperar.

"Não temos o privilégio de ficar em casa. Não podemos ficar sentados em silêncio esperando que alguém nos conte o que está acontecendo, porque ninguém nos conta nada", disse Yuval Haran, organizador da marcha e um dos vários parentes dos sequestrados que protestaram em frente à residência de Netanyahu. "Somos 80 famílias, acompanhadas hoje por dezenas de milhares de pessoas que nos apoiam, que marcharam conosco e nos ajudam a alçar a voz para que o mundo inteiro possa nos ouvir", acrescentou Haran, que tem sete familiares raptados em Gaza. "Pedimos apenas uma coisa: reúnam-se conosco, expliquem-nos", exclamou, queixando-se de o governo não ter transmitido informações às famílias sobre o paradeiro dos reféns nem sobre as negociações para sua libertação.

A ele se juntaram vários outros oradores, que têm irmãos e filhos sequestrados na Faixa de Gaza. Diferentes mensagens foram ouvidas entre os que acompanharam a marcha, tanto de apoio às famílias como de vozes críticas ao governo israelense. Além disso, representantes das famílias dos reféns se reunirão esta noite com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e com o ex-ministro da Defesa e atual membro do gabinete de guerra, Benny Gantz. Após a reunião, está previsto um novo protesto em Tel Aviv.

Paralelamente a estes acontecimentos, neste sábado ocorreram também manifestações em outras cidades do país. Em Haifa, centenas de pessoas reuniram-se para pedir a demissão do primeiro-ministro, enquanto outras centenas, incluindo judeus e árabes israelenses, protestaram em Tel Aviv para pedir o fim da guerra e exigir um acordo para a libertação dos reféns.

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