"Sabemos da presença do Irã na região, na América Latina, sabemos de suas alianças com alguns países"
Em entrevista à Agência EFE nesta quinta-feira (16), o presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu "decência e respeito" aos países latino-americanos que criticaram a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, e insistiu para que dialoguem com o Irã e pressionem pela libertação dos reféns mantidos pelo grupo terrorista palestino Hamas. "Acho que os líderes de Venezuela, Colômbia, Bolívia, Chile e outros que nos criticaram deveriam mostrar alguma decência e respeito e levar a reivindicação dos reféns aos líderes mundiais, pressionando o Irã e seus aliados, incluindo o Hamas", declarou Herzog na residência presidencial em Jerusalém. O presidente enviou uma mensagem a "todos os países de língua espanhola, alguns com fortes laços com o Irã e todos os seus aliados", para que expressem sua indignação com o massacre do Hamas em Israel no dia 7 de outubro e peçam a Teerã que interceda pela libertação dos 239 reféns mantidos em Gaza. "É uma questão humana, não uma questão política", enfatizou Herzog. Ele afirmou que disse a muitos líderes de países latino-americanos que "eles deveriam se olhar no espelho e entender que podem ser os próximos". Sobre essa questão, ele se referiu à prisão na semana passada, no Brasil, de uma célula supostamente ligada ao grupo terrorista libanês Hezbollahe comentou que "isso é apenas o começo". "Sabemos da presença do Irã na região, na América Latina, sabemos de suas alianças com alguns países. Infelizmente, ninguém estará isento da máquina de terror dessas organizações. Todos nós devemos lutar juntos", acrescentou. No final de outubro, o governo da Bolívia anunciou o rompimento das relações diplomáticas com Israel. O governo do esquerdista Luis Arce acusou Israel de "cometer crimes contra a humanidade nos seus ataques à Faixa de Gaza", onde o Estado judeu realiza uma ofensiva em resposta aos ataques terroristas do Hamas ao seu território no dia 7 de outubro, que deixaram 1,2 mil mortos. Já os governos da Colômbia e do Chile, também de esquerda, convocaram seus embaixadores em Israel também por discordarem da ação em Gaza. Embora não tenha tomado medidas semelhantes, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem criticado a ofensiva israelense no enclave palestino e chegou a chamar o conflito entre o Estado judeu e o Hamas de "genocídio". O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, aliado do Irã, usou o mesmo termo para criticar Israel.
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