O Hamas "violou a estrutura do acordo, não cumpriu sua obrigação de libertar todas as mulheres reféns e disparou foguetes contra Israel"
O último dia de trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas chegou ao fim e, nesta sexta-feira (1º), exatamente uma semana após o início do acordo de pausa do conflito, as Forças de Defesa de Israel (IDF) retomaram as operações terrestres e aéreas contra a milícia na Faixa de Gaza.
Segundo o Exército israelense, a decisão de reiniciar a ofensiva surgiu depois de um foguete com origem em Gaza ser interceptado durante a madrugada, pouco antes do fim da trégua, que foi prorrogada para as 7h do horário local, nesta sexta-feira (2h, em Brasília). Ainda, o Hamas não forneceu uma nova lista de reféns que pretendia libertar até o fim do cessar-fogo.
O gabinete do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse num comunicado que o Hamas "violou a estrutura do acordo, não cumpriu sua obrigação de libertar todas as mulheres reféns e disparou foguetes contra Israel".
Ainda, Netanyahu destacou que Israel continuará em busca de seus objetivos no conflito. "Em meio ao retorno ao combate, enfatizamos que o governo de Israel está empenhado em alcançar os objetivos da guerra – libertar os nossos reféns, eliminar o Hamas e garantir que Gaza nunca mais possa ameaçar o povo de Israel."
O governo do Catar afirmou nesta sexta-feira (1º) que as negociações para retomar um período de pausa da guerra continuam. O Egito e os EUA também participam desse diálogo.
Ao todo, 105 reféns já foram libertados de Gaza pelos terroristas do Hamas e 210 prisioneiros palestinos foram soltos de prisões israelenses, desde a última sexta-feira (24). A maioria é composta por mulheres e menores de idade de ambos os lados.
O brasileiro Michel Nisembaum, que desapareceu após o ataque do Hamas em território israelense no dia 7 de outubro, é considerado um dos reféns que permanecem nas mãos da milícia em Gaza.
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