Catar vai sediar encontro entre Israel e Hamas para discutir trégua, dizem autoridades do Egito e EUA

Esta combinação de imagens criada em 13 de fevereiro de 2024 mostra (da esquerda para a direita) o Diretor da CIA, William Burns, durante um jantar oficial de Estado na Casa Branca em Washington, em 22 de junho de 2023; o Diretor do Mossad de Israel, David Barnea, durante uma conferência em Herzliya em 10 de setembro de 2023; e o Primeiro-Ministro e Ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, no Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos em 16 de janeiro de 2024. Burns, Barnea e Al Thani se reuniram com autoridades egípcias no Cairo em 13 de fevereiro de 2024, "para discutir um cessar-fogo em Gaza", relatou a mídia egípcia. Catar e Egito têm mediado entre as partes beligerantes com o apoio dos EUA. - STEFANI REYNOLDSGIL COHEN-MAGENFABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images

O Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não quis dar detalhes sobre a reunião

O Catar será a sede uma reunião entre Israel e o Hamas para finalizar um acordo de trégua ainda nesta semana. A informação foi fornecida à rede de televisão CNN por autoridades do Egito, país responsável pela mediação do encontro.

Em entrevista concedida ao canal neste domingo (25), o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, também confirmou que israelenses e palestinos estão próximos de chegar a um entendimento dos "contornos básicos" desse pacto – que inclui a libertação de reféns e um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza.

Sullivan, no entanto, afirmou que o acordo ainda precisa de ajustes e depende de "negociações indiretas" entre o Catar, o Egito e o Hamas.

Em entrevista exibida hoje pela emissora CBS News, o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não quis dar detalhes sobre a reunião. Para ele, não está claro se o acordo será acrescentado às negociações que já estão em andamento. "O Hamas precisa chegar a uma situação razoável", disse.

Netanyahu revelou que se reunirá com autoridades ainda neste domingo para alinhar um plano militar que pretende, ao mesmo tempo, evacuar os civis palestinos de Gaza e destruir os batalhões restantes do Hamas. "Se tivermos um acordo, ele será um pouco adiado, mas acontecerá. Se não tivermos um acordo, faremos isso de qualquer maneira", afirmou.

Protestos contra Netanyahu em Israel ganharam contornos violentos na noite passada

Manifestantes liderados por um grupo de familiares de reféns israelenses têm protestado todos os sábados em Tel Aviv e outras cidades do país. Eles exigem que Benjamin Netanyahu aceite um cessar-fogo com o Hamas e permita a libertação das 130 pessoas que ainda estão presas no enclave palestino.

A manifestação do último sábado (24), no entanto, tomou um rumo violento quando um grupo conseguiu obstruir uma rodovia e foi reprimido pela polícia – que, pela primeira vez, disparou canhões de água e enviou policiais montados. Vinte e uma pessoas foram presas por "reunião ilegal e perturbação da ordem".

"A violência policial contra os manifestantes, incluindo as famílias dos reféns, é perigosa, antidemocrática e não pode continuar. O direito de protestar é um direito fundamental e não pode ser retirado dos manifestantes com cassetetes e canhões de água", disse o líder opositor Yair Lapid em sua conta na rede social X.

A polícia por sua vez, decidiu abrir um inquérito para investigar se houve excessos por parte de seus agentes. As autoridades, porém, acusaram os detidos de ir às ruas "com o objetivo de confrontar policiais, e não para fazer um protesto legítimo".

Postar um comentário

0 Comentários